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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'BRZRKR', o avatar de Keanu Reeves, nas HQs

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Keanu Reeves assina o roteiro regado a sangue das aventuras existenciais de "BRZRKR", além de emprestar suas feições ao herói Berzerker Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Só faz crescer a boataria em torno da presença de Keanu Reeves como integrante do júri do 75º Festival de Cannes (17 a 28 de maio), onde exibiria trechos do esperado "John Wick 4", já agendado para 2023. E ele será ouvido como a voz do Batman na versão em inglês da esperada animação "DC Liga dos Superpets", cujo trailer já está sendo exibido coladinho com "Sonic 2", que é uma iguaria, muito bem dublada no Brasil por Manolo Rey, que brilha cedendo o gogó ao ouriço veloz. Mas há um quadrinho nas bancas que traz o visual e as ideias de Keanu que merece integrar a coleção de qualquer fã de HQs: "BRZRKR". Fenômeno comercial nos EUA, onde virou um best-seller com 600 mil exemplares vendidos, o encadernado que chega aqui numa luxuosa edição da Panini Comics explora as aventuras de um guerreiro imortal cujos roteiros são assinados por Reeves, em parceria com Matt Kindt. Quem assina a arte é um mestre: Ron Garney, que deslumbrava olhares nos anos 1990 desenhando o Capitão América. O responsável pela ilustração da capa da obra é o gaúcho Rafael Grampá, que já participou de outros projetos da Marvel e DC Comics, e imprimiu seu traço autoral na graphic novel "Mesmo Delivery", na década passada. Já em negociações para virar filme, com Keanu, é óbvio, "BRZRKR" tem como protagonista um highlander meio homem e meio deus, amaldiçoado e compelido à violência. Ele é conhecido simplesmente como Berzerker. Mas depois de vagar pelo mundo por milênios, Berzerker pode finalmente ter encontrado um refúgio, trabalhando para o governo dos Estados Unidos, com a missão de travar batalhas violentas e perigosas demais para qualquer outra pessoa. Em troca, ele receberá a única coisa que deseja: a verdade sobre sua existência infinita encharcada de sangue e um caminho para como acabar com ela. O resultado é uma ópera gráfica cheia de som (no papel) e de fúria, com um herói repleto de dilemas existenciais, típicos de Reeves. Só faltou ouvir a voz de seu dublador brasileiro habitual: Reynaldo Buzzoni.

 Foto: Estadão

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Falando em Panini, a editora acaba de lançar aqui "BAD MOTHER". Tratado sobre empoderamento feminino, disfarçado de "Breaking Bad", esta minissérie de Christa Faust, desenhada por Mike Deodato Jr., sai agora no Brasil encadernada, celebrando o carisma de uma personagem gente como a gente: April Walters. Uma mãe suburbana falida até o último fio de cabelo, ela é obrigada a pegar em armas e inventar bombas quando sua filha é ameaçada por uma mafiosa. O roteiro é uma surpresa após a outra.

p.s.: Primeiro sucesso de bilheteria da DreamWorks, "Impacto Profundo" ("Deep Impact", 1998), vai ser exibido neste sábado, às 14h, na Globo. Tem Robert Duvall, dublado por Darcy Pedrosa, tentando conter um cometa que pode destruir a Terra.

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