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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'John Wick 2' eleva a adrenalina da noite na Globo

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Keanu Reeves é dublado por Reynaldo Buzzoni no longa de Chad Stahelski  

RODRIGO FONSECA Tá cerca de R$ 370 o bonequinho articulado do John Wick numa loja de bonecos supimpa aí na Galeria do Rock, o que só prova a fama do personagem consagrado por Keanu Charles Reeves, de 57 anos, hoje em cartaz no país com o ótimo "Matrix Ressurrections". Foi meio por acaso - como tudo na vida desse canadense nascido no Líbano, filho de uma figurinista, influenciado a viver de Cinema pelo padrasto, o diretor Paul Aaron - que o assassino de aluguel alinhado em seus ternos pretos virou um ícone da cultura pop. Sua fama vai ser testada esta noite na TV aberta, via GLOBO, com a exibição do segundo longa-metragem de sua milionária franquia, às 22h45, no Festival Ano Novo, dublado. É Reynaldo Buzzoni quem empresta a voz a Reeves, num trabalho de dublagem magistral, só equiparado à participação do saudoso Pietro Mario, o Capitão Furacão, como o gogó nacional de Franco Nero, um coadjuvante de luxo da trama. A cinessérie de Wick - que ganhará seu quarto filme em 2023 - arrecadou US$ 578 milhões. Mas ela foi iniciada sem ambição, em 2014, com "De Volta Ao Jogo", um thriller de US$ 20 milhões - uma ninharia para o padrão de Hollywood - que foi produzido quando Reeves andava em fase de vacas magras. Mas seu resultado - US$ 80 milhões na venda de ingressos - jogou o eterno Neo de "Matrix" nas nuvens. Seu êxito veio da estética imposta por seu realizador, o então estreante na direção Chad Stahelski, um lutador de kickboxe que trabalhava (muito... e bem) como dublê. Ele teve como codiretor David Leitch, também dublê e produtor que lhe deu um apoio na criação de uma linguagem 100% cinemática. O termo ao lado é uma referência de movimento, termo conduzido por Stahelski de modo frenético, levando a ação a parâmetros dignos de um desenho do Papa-Léguas. O argumento é um fiapo, mas serve de vetor a cenas de combate de um grau de vertigem como nunca se viu.

 Foto: Estadão

No primeiro longa, Wick (Reeves) vivia o luto de sua mulher, repousando seus afetos nas lambidas de uma cachorrinha, Daisy, uma herança de sua finada paixão. Quando mafiosos russos invadem sua casa, sem saber quem ele, para roubar seu carro, e matam a cadelinha, o ferrabrás temido em todo o submundo desperta de sua letargia e espalha chumbo pela América. A vingança foi feita lá no filme inicial. Mas na produção que o Plim-Plim exibe esta noite, após a novela "Um Lugar Ao Sol", chamada aqui de "John Wick: Um Novo Dia para Matar" (o título original é "John Wick: Chapter 2"), o matador vivido por Reeves é procurado por um novo criminoso, desta vez o italiano Santino (Riccardo Scamarcio). Este quer que Wick mate sua irmã, Gianna (Claudia Gerini), de modo a assumir o trono mafioso oferecido a ela. O crime é cometido, apesar de Wick não querer cumpri-lo. Mas, ao fazê-lo, Santino resolver colocar a cabeça dele a prêmio, o que gera uma sucessão de balas, socos, fugas e sufocos nunca antes visto - de maneira tão feérica - na telona. A montagem de Evan Schiff joga a velocidade da narrativa às alturas neste segundo thriller pilotado por Stahelski, que custou US$ 40 milhões e faturou US$ 171,5 milhões. As aparições de Franco Nero, o eterno Django, são deliciosas.

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