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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

O Doutrinador na mira do Grande Prêmio e de novos leitores

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Rodrigo Fonseca Às vésperas das férias escolares, as atenções do cinema nacional se voltam para o lúdico "Turma da Mônica: Laços", que vem da nossa longa tradição de tranportar HQs para a telona, vide "O Judoka", "Wood & Stock - Sexo, orégano & rock'n'roll", "Rio de Jano", uma penca de .docs sobre a obra de cartunistas famosos e o essencial "O Doutrinador". É este o que mais merece a nossa atenção, agora que se metamorfoseia em série de TV e que concorre ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (a ser entregue no dia 14 de agosto, em local ainda não anunciado) em três categorias: MELHOR SOM, EFEITOS VISUAIS e FIGURINO. Saiu uma nova fornada do gibi que o inspirou, junto com "Os desviantes", o genial "O Santo" e "Pérola". O do herói mascarado já esgotou em várias bancas. Por mérito de sua narrativa e de seu filme. Espetáculo pop como há tempos não se via na América Latina, "O Doutrinador" é um dos maiores acertos recentes do cinema brasileiro em duas frentes: 1) a transposição de quadrinhos nacionais para as telas; 2) a consolidação de uma estética local sólida no diálogo com a  cartilha universal dos filmes de ação. A trama é simples: agente classe A de uma força policial de elite, Miguel Montesanti (encarando com maestria por Kiko Pissolato) se vê nas raias do inferno ao perder sua filha, morta em um hospital público sem recursos, e resolve que é hora de fazer os corruptos sangrarem, assim como a menina sangrou. O heroísmo não tem lugar em seus atos: só o desespero, desenhado na tela em meio a sequências de ação exuberantes, mas que não diluem o tônus reflexivo do roteiro, em especial quando Eduardo Moscovis está em cena como bandido de colarinho branco.

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