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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Tem Michel Gondry, Bertrand Mandico e Hong Sang-soo na Quinzaine des Cinéastes

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Laureado em Cannes em 1987 com o Prêmio do Júri e o Prêmio Ecumênico por "Yeelen", o diretor maliano Souleymane Cissé regressa à Croisette para receber o troféu honorário da Quinzaine: a Carroça de Ouro - Foto: @MUBI

RODRIGO FONSECA Criada em 1969 para acolher ases da direção ignorados na seleção da Palma de Ouro, com foco na revelação (e consagração) de novas vozes autorais, a Quinzena de Cannes prepara uma nova edição de 17 a 26 de maio, sob nova direção (Julien Rejl assume a partir deste ano o posto de delegado geral da mostra), e sob um novo nome, mais adequado à luta por equidade de gêneros: Quinzaine des Cinéastes. Fazendo jus a seu pôster oficial, ilustrado com uma cena do longa-metragem português "Vale Abraão" (1993), o evento vai promover uma projeção comemorativa dos 30 anos de lançamento dessa produção lusa, pilotada por Manoel de Oliveira (1908-2015). A atração de abertura será "Le Procès Goldman", do ator e cineasta francês Cédric Kahn. No mesmo dia será entregue o troféu honorário Carroça de Ouro, cujo vencedor de 2023 será o maliano Souleymane Cissé, diretor do premiado "Yeelen" (1987), que completa 83 anos no dia 21. O filme escolhido por Julien pro encerramento de sua curadoria trará a grife autoral de conversações, comilança e beberagem do sul-coreano Hong Sang-soo: "In Our Day". Os dois títulos dessa seleção de Rejl mais cercados (desde já) de badalação foram desenvolvidos na França, assim como o novo trabalho de Kahn. De um lado vem a irreverência queer de Betrand Mandico, com "She Is Conann" (uma tiração de sarro com o bárbaro vivido por Schwarzenegger nos anos 1980); do outro, está a estética fabular e memorialística de Michel Gondry, em "Le Livre des Solutions".

O rosto da atriz lusa Leonor Silveira estampa o cartaz da Quinzaine des Cinéastes num resgate de "Vale Abraão", filme de Manoel de Oliveira - Crédito da imagem: @SRF  

Completam a Quinzaine des Cinéastes deste ano os longas: Agra, de Kanu Behl; "L'Autre Laurens", de Claude Schmitz; "Inside the Yellow Cocoon Shell", de Thien An Pham; "Blackbird Blackbird Blackberry", de Elene Naveriani; "La Grâce", de Ilya Povolotsky; "Creatura", de Elena Martín Gimeno; "Déserts", de Faouzi Bensaïdi; "In Flames", de Zarrar Kahn, "Légua", de Filipa Reis & João Miller Guerra; "Mambar Pierrette", de Rosine Mbakam; "Riddle of Fire", de Weston Razooli; "The Feeling That The Time For Doing Something Has Passed', de Joanna Arnow; "The Sweet East", de Sean Price Williams; "Un Prince", de Pierre Creton; e "A Song Sung Blue", de Zihan Geng. Novos títulos da competição oficial de Cannes serão anunciados daqui até o dia 10 de maio, além do anúncio dos júris.

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