Pesquisa traça perfil do internauta brasileiro

As principais atividades na rede são troca de e-mail (56%), pesquisa escolar (44%), bate-papo (39%) e pesquisas profissionais (38%)

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um levantamento feito em conjunto por cinco institutos de pesquisa produziu uma interessante radiografia da utilização da Internet no Brasil. A pesquisa do Ibope, IVC, Marplan, Research e DataFolha foi feita com pessoas de 14 a 50 anos, das classes A, B e C, divididas em grupos de conectados e não-conectados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Uma das principais conclusões é de que a maioria dos brasileiros (56%) usa a rede para a troca de e-mails e geralmente navegam por sites locais, pois 63% dos conectados não lêem nem falam inglês. Existem 5 milhões de internautas em todo o País - e 60% se encontram nas classes A e B. Nas classes C, D e E, o contato com o computador é no local de trabalho. Depois da troca de e-mails, as outras utilizações são pesquisa escolar (44%), bate-papo (39%), pesquisas profissionais (38%), home banking (16%), turismo (15%) e compras em sites comerciais (7%). Dos que usam a rede para compras, 43% adquirem CDs e 37%, livros. Mas 25% dos entrevistados mostraram receio em dar o número do cartão de crédito. Nas pesquisas qualitativas, os participantes avaliaram que o mundo de hoje depende completamente do computador, que não apenas facilita, mas organiza a vida das empresas e pessoas. Para os adolescentes conectados, a rede é um meio que oferece pesquisa (o que significa muitas vezes "procurar trabalhos escolares prontos") e lazer. Os dois itens estão associados à procura de músicas (MP3), games e informações sobre bandas e praias. Na visão dos adultos mais jovens (18 a 29 anos), a rede é interessante pela possibilidade de utilizar trabalhos prontos na faculdade. A atração pelo MP3 ainda é grande e muitos consomem tempo buscando alternativas de ganhar dinheiro pela internet. Para outros, é uma ferramenta importante no trabalho e um elemento de competitividade no mercado profissional. Já os adultos entre 30 e 50 anos enxergam a rede como uma ferramenta fundamental, sem a qual não se pode mais pensar a vida atual. Acessam a internet todos os dias no trabalho e em casa para verificar saldos bancários, ler notícias, enviar e receber e-mails. No entanto, as facilidades geradas pela rede aumentaram as exigências profissionais. Seu trabalho é mais efetivo, mas nem por isso as pessoas têm mais tempo ou ganham mais dinheiro. Em todos os grupos participantes, foi mencionada a reaproximação com amigos e parentes que moram em outras cidades e com os quais passaram a se corresponder intensamente via e-mail, que é um dos aspectos mais elogiados da rede.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.