Semanas da Moda de Milão e Londres somam forças com mensagem anti-Brexit

Presidente da Câmara de Moda da Itália vê atitude como sendo 'uma mensagem política de colaboração' por parte dos 'amigos ingleses'

PUBLICIDADE

Por Claudia Cristoferi/ Reuters
Atualização:

A Câmara da Moda da Itália (CNMI) anunciou na última quinta-feira, 12, uma colaboração com o Conselho de Moda Britânico, que levará parte da Semana de Moda de Londres para os desfiles das coleções masculinas de outono-inverno de Milão, em janeiro.

Modelos desfilam coleção do estilista Alexander McQueen em Londres. Foto: Neil Hall/ Reuters

PUBLICIDADE

No dia em que os eleitores do Reino Unido foram às urnas para uma eleição que pode abrir caminho para a separação da União Europeia ou que levará o país a outro referendo sobre o Brexit, o presidente da CNMI disse que a capital da moda italiana receberá Stella McCartney, Alexander McQueen e a marca de streetwear A-Cold-Wall, de Samuel Ross.

“É uma mensagem política de colaboração. Fronteiras demais não são boas para o sistema da moda. Certamente também é uma mensagem de nossos amigos ingleses para dizer que, mesmo com o Brexit, querem continuar sendo parte do sistema (da moda europeia)”, disse Carlo Capasa em uma coletiva de imprensa. Ele acrescentou que a moda é uma “ponte entre nações”.

Será a primeira vez em Milão para Samuel Ross, eleito Estilista Britânico Emergente de Moda Masculina do Ano na premiação Fashion Awards de 2018, mas Stella e McQueen já conhecem as passarelas italianas.

Stella apresentou suas criações na Semana de Moda Masculina de junho. A coleção de McQueen foi vista em Milão pela última vez em 2014.

Um espaço para um 'show room de Londres' no qual 10 estilistas britânicos emergentes e cinco italianos serão apresentados também será aberto durante a Semana de Moda de Milão, que vai de 10 a 14 de janeiro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.