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Na cena e na escrita

Exclusivo: Veja Ivan Parente como a girafa Melman, em 'Madagascar, Uma Aventura Musical'

A animação Madagascar, produzida pela DreamWorks em 2005, conquistou um enorme sucesso mundial, o que logo gerou continuações e spin off, ou seja, produtos derivados dos personagens originais. Nada surpreendente, uma vez que a ideia é genial: mostrar o cotidiano de um grupo de animais que vive no zoológico de Nova York cuja pacata rotina é, muitas vezes, quebrada por algum desafio. Não era de se estranhar, portanto, que a ideia logo chegasse aos palcos, no formato de musical. Mas, como o original é muito encantador, o desafio de quem decide montar não é nada pequeno.

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Por Ubiratan Brasil
Atualização:

Habituada a enfrentar desafios (assinou a produção de Cinderella e Peter Pan, o Musical), Renata Borges, diretora executiva da Touché Entretenimento, foi à luta e apresenta agora Madagascar, Uma Aventura Musical, que estreia no dia 11 de outubro, no Theatro Net-São Paulo. Trata-se de uma superprodução, com seis cenários, efeitos em 3D e um gigantesco telão de Led, que vai ajudar na ambientação das cenas. Mas a grande curiosidade, no entanto, está nos figurinos: como mostrar os atores que formam o elenco principal devidamente caracterizados, a fim de a inevitável comparação com o filme ser favorável ao musical?

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A resposta está entre os mais de 60 figurinos, especificamente aqueles utilizados por Maurício Xavier (que vai interpretar Marty, a zebra), André Loddi (Alex, o leão), Ludmillah Anjos (Glória, o hipopótamo fêmea), Ivan Parente (Melman, o girafa) e Lucas Cândido (Rei Julien, Funcionário do zoo I). E, a julgar pelo exemplo apresentado com exclusividade por este blog, o resultado é deslumbrante - veja como Ivan Parente será visto no palco, no figurino criado por Fause Haten e visagismo de Anderson Bueno:

Melman, a girafa. Ivan Parente no figurino de Fause Haten e visagismo de Anderson Bueno. Foto Marcos Mesquita Foto: Estadão

Baseado em espetáculo da Broadway, a montagem nacional é, no entanto, totalmente origina e foi criada com total liberdade de criação. "Estamos criando um musical muito alegre, colorido e dançante, diferente de qualquer outra versão já encenada", celebra o diretor Marllos Silva. "O que torna esse espetáculo encantador é a história de amizade entre este grupo de animais. Estamos sendo fiéis ao original, mas com o nosso tempero brasileiro. Quando se faz uma versão, algumas piadas perdem a força e, para que elas voltem a fazer sentido dentro da história, nós as adaptamos para a nossa cultura. Nossas referências estão presentes no estilo de interpretação, nas coreografias e na forma como os personagens são construídos."

Além de produzir o espetáculo, Renata estreia na função de cenógrafa. Para isso, ela contou com um projeto de alta tecnologia, com diversos efeitos, cenários físicos, além de um grande painel de led de 50m², que proporciona interação do elenco com a cenografia. Foram criados mais de 30 microfilmes especialmente para a montagem, a maioria em 3D. A cenografia foi produzida quase na totalidade na China, o que traz um novo modelo de produção.

"O nosso led é único no Brasil, com tecnologia de ponta, com telas flexíveis. Teremos ainda alguns puppets, que dão uma dinâmica visual ao espetáculo e, ao público infantil, um toque a mais da ilusão. Eles foram concebidos foram do Brasil. Desenhei e busquei o que seria viável para que os atores não ficassem cansados ao manipular, inclusive com o uso de tela lcd nos olhos", explica Renata. A boca de cena retrata uma das entradas do zoológico do Central Park e as projeções da Maze FX dialogam com o cenário.

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O desafio do elenco é ainda maior: além de representar com os figurinos de seus personagens, os atores precisam adquirir a movimentação típica desses animais. "Posso dizer que dar vida ao Girafa Melman não é fácil tarefa fácil, pois além de interpretar tenho que movimentar a cabeça e também mexer sua boca - enquanto canto e danço", diz Ivan Parente. "Essa é a primeira vez que faço manipulação de bonecos e acho que o maior desafio é deixar essa cabeça viva... Eu tenho tentado, através de tudo que aprendi de teatro, buscar toda a sincronicidade entre meu corpo e o dele para tornar o mais natural possível. Penso que o segredo é estar vivo dentro dessa cabeça, mas sem me sentir morto (risos), pois, neste caso, acho que o boneco é mais importante que o ator, e esse trabalho conseguiu se desenvolver ainda melhor com a ajuda da Inês Aranha, que teve um cuidado com a gente através de um processo de dentro para fora, e que me muniu de ferramentas para dar vida ao personagem para sempre e da melhor forma. E o trabalho dela se conecta diretamente com o do visagista Anderson Bueno, que criou toda uma caracterização junto dessa roupa e usando de muita criatividade. O resultado final, além de super legal, é fundamental para ajudar a compor qualquer personagem."

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