Ursula K. Le Guin e Margaret Atwood nas escolas brasileiras

Com ecos em Shakespeare e distopias, histórias foram contempladas pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático para falar de inclusão

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Por Redação
Atualização:

Duas das principais autoras de ficção especulativa de todos os tempos têm chance de virar leitura obrigatória nas escolas brasileiras. Aprovada no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), a editora Morro Branco aposta em Ursula K. Le Guin , (Floresta É O Nome do Mundo) e Margaret Atwood (Semente de Bruxa) para estimular debates que agreguem valores sobre diversidade e pertencimento nas salas de aula.

Neste processo, o professor é protagonista. Pelo PNLD, as obras podem ser solicitadas e compor o acervo das bibliotecas de escolas entre os anos letivos da disciplina de língua portuguesa de 2023 a 2026. Diferente da obra comercializada para o público geral, essas duas edições contém materiais extras em formato de texto e vídeo, pensados especialmente para auxiliar o professor durante as aulas.

A escritora canadense Margaret Atwood lê texto em homenagem a Salman Rushdie Foto: JORGE UZON / AFP

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Semente de Bruxa remete ao teatro shakespeariano, o livro navega por diversos gêneros literários para contar a história de Felix, um diretor artístico que está no auge da carreira, cujas produções costumam encantar e desconcertar o público até ele encenar a famosa peça A Tempestade. Já Floresta é o Nome do Mundo, originalmente publicado em 1972, trata-se de uma obra clássica ambientada no planeta Athshe, um paraíso coberto por densas e colossais florestas. Seus habitantes, humanoides com pouco mais de um metro de altura e corpos cobertos por pelos verdes e sedosos, viviam em paz.

Ao longo da narrativa, caem do céu outros povos, altos e de pele lisa, que começam a desbravar o território ao seu redor, enxergando os nativos como meros animais selvagens. Eles vieram de um mundo em ruínas e superpovoado, faminto por matérias-primas, madeira e grãos: a Terra. Sem precedentes culturais para tirania, escravidão ou guerra, os nativos encontram-se à mercê de seus novos e brutais colonizadores.

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