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Ambev para produção de cerveja e distribui água enlatada para municípios e hospitais do RS

Cervejaria decidiu produzir cerca de 850 mil latas de água por dia na unidade de Viamão, na grande Porto Alegre

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Por Redação
Atualização:

A Ambev decidiu suspender sua produção de cerveja em Viamão, na grande Porto Alegre, para envasar água potável e doar à população do Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira, 8, o CEO da empresa, Jean Jereissati, destacou em conversa com investidores, que a Ambev doou 185 mil litros de água para 11 municípios gaúchos e 375 mil litros de água para hospitais em Porto Alegre.

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A cervejaria de Porto Alegre tem produzido até 400 mil litros de água por dia para atender a população local. Em nota, a companhia afirmou que serão produzidas cerca de 850 mil latas de água por dia na unidade de Viamão.

A companhia disse ter precisado levar de São Paulo maquinários para viabilizar a adaptação de sua fábrica. A empresa fez uma parceria com a empresa Ball, líder global na produção de latas de alumínio, que disponibilizou latas de 473 ml para a companhia.

Falta de água

Com falta de luz, pouca água e desabastecimento nos mercados, moradores da Grande Porto Alegre têm partido em massa para os raros municípios menos afetados pela chuva extrema e a enchente que atingem o Rio Grande do Sul.

Ambev para produção de cerveja em Viamão e e fábrica deverá produzir 850 mil latas de água para o Rio Grande do Sul Foto: Divulgação / Ambev

O êxodo ocorre desde o domingo, 5, quando o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB), recomendou a migração temporária daqueles que têm casas na praia (para amenizar o desabastecimento) e, também, com o avanço da inundação em mais bairros da cidade na segunda-feira, 6.

Mais de 1,4 milhão de pessoas foi impactada com a tragédia climática. A crise que atinge o Estado deve persistir por tempo indeterminado, diante da lentidão na redução dos níveis da enchente na região metropolitana e previsão de temporais intensos em grande parte do território gaúcho.

A tragédia no Rio Grande do Sul também provocou a paralisação de fábricas de diversos setores, de produtos químicos a utensílios domésticos. Dada a impossibilidade de os funcionários comparecerem com segurança ao local de trabalho, as empresas desligaram as máquinas e concederam férias coletivas ou deram folga aos empregados.

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O setor também procurou o governo por medidas emergenciais, como a redução de jornada de trabalho e salários, uma solução contra demissões que já tinha sido adotada na pandemia./Com Talita Nascimento, Eduardo Laguna e Priscila Mengue

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