Apesar das agências bancárias e estações do Metrô fechadas, a rotina na avenida Paulista não se alterou neste dia de paralisações.
Com a greve dos metroviários, os trabalhadores que dependem do transporte público tiveram que encontrar alternativas. O consultor de vendas Wilson Matos, de 29 anos, procurava uma maneira de conseguir chegar ao trabalho, uma concessionária na Avenida Ricardo Jader.
Morador de Barueri, na região metropolitana, Matos precisou sair de casa mais cedo e pegar um serviço de Uber até a estação Faria Lima, da linha 4-Amarela do Metrô - a única em circulação normal. De lá, ele seguiu até a estação Paulista e tentava encontrar uma maneira de terminar o trajeto. Apesar disso, ele não vou problemas. "É por uma boa causa", brinca.
Já a administradora Cinthia Weingrill, de 33 anos, preferiu ficar em casa na região dos Jardins. A escola de seu filho cancelou as aulas e a mulher precisou cuidar da criança. "Todo mundo mudou a rotina hoje. Meu marido teve de ir a pé para o trabalho", explica.
Algumas empresas decidiram reembolsar o valor de táxi para que seus funcionários chegassem ao trabalho. É o caso do empresário Fábio Pagliuso, de 56 anos, que possui uma empresa da área financeira na avenida Paulista. O empresário não concorda com as paralisações. "Se bem negociada, (a reforma trabalhista) pode ser boa para ambas partes. Você pode sentar para dialogar, mas não fazer baderna."