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BC do Japão mostra maior preocupação com economia

Por Nathália Ferreira

As autoridades do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês, banco central do país) estavam mais preocupadas com a desaceleração da economia dos EUA e com alguns pontos de fraqueza mostrados pela economia doméstica na reunião de política monetária em fevereiro, mostrou a ata do encontro de 14 e 15 daquele mês divulgada ontem à noite. Mas as autoridades do banco central japonês não deram sinais de que estão prontas para reduzir a taxa de juros no país para proteger o ciclo de crescimento do Japão, que, segundo eles, está ameaçado. Todos os nove membros do comitê de política monetária "concordaram" em fevereiro que a postura sobre a política monetária seria mantida, com um deles afirmando ainda que o banco "não deveria hesitar" em elevar os juros se estiver convencido da perspectiva de crescimento do Japão, de acordo com o resumo das discussões da reunião de fevereiro. Na ocasião, o BoJ manteve a taxa básica de juro em 0,50% ao ano. Os membros do comitê concordaram que os mercados financeiros globais "continuam instáveis, e os riscos negativos para a economia global, especialmente a economia dos EUA, estão aumentando", apontou a ata. "Houve também alguns fatores domésticos que podem afetar de forma adversa o ciclo virtuoso de crescimento da produção, renda e gastos - por exemplo, o lento crescimento dos lucros das pequenas empresas, a fraqueza nos salários e a deterioração no sentimento do consumidor". Os membros reafirmaram que a recuperação moderada da economia japonesa deve continuar, apesar da atual perda de ritmo, pois o "mecanismo do crescimento basicamente se mantém adequado". Na ata da reunião de política monetária de 21 e 22 de janeiro, o comitê apenas concordou que o "mecanismo do crescimento basicamente se mantém adequado", sem mencionar ameaças a ele. As informações são da Dow Jones.

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