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Brasil criou 135 mil empregos com carteira assinada em novembro, 57% menos do que em 2021

Apesar de positivo, o resultado de novembro de 2022 no mercado de trabalho formal foi pior que o verificado no mesmo mês do ano passado, segundo dados do governo federal

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Por Antonio Temóteo
Atualização:

BRASILIA - O Brasil criou em novembro 135.495 vagas de emprego com carteira assinada, informou o Ministério do Trabalho e Previdência nesta quarta-feira, 28. Para analistas, o número mostra uma desaceleração no mercado de trabalho por causa da alta da taxa básica de juros.

O resultado do mês passado decorreu de 1.747.894 de admissões e de 1.612.399 de demissões.

Apesar de positivo, o resultado de novembro de 2022 no mercado de trabalho formal foi quase 57% menor do que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 313.773 vagas.

No acumulado dos onze primeiros meses de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 2.466.377 de vagas. Foto: Estadão

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O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, segundo estimativas coletadas pelo Estadão/Broadcast. As projeções eram de abertura líquida de 104 mil a 229.801 vagas em novembro, com mediana positiva de 146 mil postos de trabalho.

Em novembro, indústria de transformação, varejo e construção desaceleraram o ritmo de geração de empregos, enquanto serviços e indústrias extrativas aceleraram. “Setores mais sensíveis ao aperto monetário apontaram desaceleração mais acentuada nos últimos meses, com o setor de serviços mantendo-se como destaque na geração de empregos”, diz o economista do Santander Brasil Gabriel Couto. À frente, o banco espera que a criação de empregos fique em níveis baixos, “considerando os efeitos prolongados de uma política monetária mais restritiva, que já começa a se refletir em setores mais sensíveis ao ciclo como construção e indústria de transformação.”

No acumulado dos onze primeiros meses de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 2.466.377 de vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 3.070.285 postos formais.

Para dezembro, o economista da Rio Bravo Investimentos Luca Mercadante acredita num resultado melhor devido às contratações de comércio e serviços pela questão sazonal de fim de ano, com admissões esporádicas, seguido por nova queda em janeiro, também pela sazonalidade do período. / COLABOROU ITALO BERTÃO FILHO

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