Brasil ocupa penúltima posição em ranking de competitividade com 18 países
Ranking é liderado pelo Canadá, seguido por Coreia do Sul e Austrália; País só ficou à frente da Argentina
Por Anne Warth
Atualização:
BRASÍLIA - O Brasil ficou na penúltima posição em um ranking de competitividade que inclui 18 países, de acordo com estudo anual da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento compara nove critérios que influenciam a capacidade de uma empresa brasileira competir com uma companhia estrangeira. O ranking é liderado pelo Canadá, seguido por Coreia do Sul e Austrália. O País só ficou à frente da Argentina.
Confira quais são os países mais e menos competitivos
1 / 19Confira quais são os países mais e menos competitivos
Brasil vai mal em ranking global de competitividade
A Confederação Nacional da Indústria divulgou a quinta edição do seu relatório "Competitividade Brasil: comparação com países selecionados". A pesquis... Foto: Mais
1º Canadá
É considerado o país com o melhor ambiente de negócios. Sua diponibilidade e custo de capital é baixa, e o nível de educação da população é o mais alt... Foto: Mais
2º Coréia do Sul
Segundo colocado no ranking da CNI, o país asiático tem a melhor nota no quesito Pesquisa, Desenvolviment e Inovação. Segundo os pesquisadores, esse f... Foto: Mais
3º Austrália
O país da Oceania apresenta alguma das melhores notas nos quesitos disponibilidade e custo de mão de obra, competição, escala no mercado doméstico, am... Foto: Mais
4º China
O gigante asiático apresenta o melhor resultado no quesito ambiente macroeconômico, e competição e escala no mercado doméstico. Foto:
5º Espanha
Apesar de aparecer entre os primeiros colocados, a Espanha apresenta a pior nota em relação à disponibilidade e custo da mão de obra. Assim como em ou... Foto: Mais
6º Chile
O Chile registrou recuo de posições em cinco dos noves fatores analisados pela CNI. Mas o país manteve suas boas notas nos quesitos disponibilidade e ... Foto: Mais
7º Polônia
A melhor nota deste país europeu refere-se à educação, seguida do ambiente de negócios. Foto:
8º Rússia
Teve a maior taxa de inflação em 2016 em relação aos 18 países pesquisados, de 15,5%. Por outro lado, o baixo peso dos tributos, e um bom nível de edu... Foto: Mais
9º Tailândia
Este país, com 69 milhões de habitantes e um PIB de US$ 395 bilhões, tem como principal característica da sua economia o baixo peso dos tributos no se... Foto: Mais
10º Turquia
Disponibilidade e custo de mão de obra, e competição e escala no mercado doméstico são as melhores características da economia do país. Teve a maior t... Foto: Mais
11º Indonésia
Subiu cinco posições no ranking de 2016, em relação ao levantamento de 2015. Teve a segunda maior taxa de crescimento da força de trabalho (3,1%). O p... Foto: Mais
12º África do Sul
País africano melhorou cinco posições em 2016 na variável "intensidade da concorrência no mercado doméstico". Foto:
13º México
O México abre a lista dos países localizados no "terço final" da pesquisa da CNI. O país, com um dos maiores PIBs da pesquisa, enfrenta diversas dific... Foto: Mais
14º Índia
O país tem as melhores notas em relação à disponibilidade e custos de mão de obra, muito por causa da sua imensa população, de 1,2 bilhão de pessoas. ... Foto: Mais
15º Colômbia
Assim como a maioria dos países latino-americanos, a Colômbia reduziu os investimentos em pesquisa e desenvolvimento entre os anos de 2015 e 2016. Iss... Foto: Fernando Vergara/APMais
16º Peru
O país estreou na lista da CNI neste levantamento. Sua nota em relação ao ambiente de negócios é apenas mediana (9ª posição), mas o investimento em pe... Foto: Mais
17º Brasil
Em 2016, o Brasil melhorou no item "custo da mão de obra", mas a baixa produtividade do trabalho na indústria ainda situa o País na 15ª posição entre ... Foto: Mais
18º Argentina
De longe, os hermanos são os piores colocados neste levantamento realizado pela CNI. Nossos vizinhos aparecem em último lugar em 5 dos 9 quesitos aval... Foto: Mais
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De 2015 para 2016, o Brasil piorou em quatro indicadores: disponibilidade e custo de mão de obra; ambiente macroeconômico; competição e escala do mercado doméstico; e tecnologia e inovação. O Brasil se manteve estável nos critérios disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística; peso dos tributos; e ambiente de negócios.
A pior colocação foi no quesito disponibilidade e custo de capital. Entre os 18 países, o Brasil teve a maior taxa de juros real de curto prazo (11%) e o maior spread bancário (31,3%). “Felizmente, vemos o início da solução disso, com o Banco Central começando a reduzir os juros”, afirmou o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
O diretor de Políticas e Estratégia da entidade, José Augusto, disse que a expectativa é que a Selic fique abaixo dos dois dígitos até o fim do ano. “Podemos ter alguma mudança no ranking deste ano com os avanços na área fiscal, o combate à inflação e a taxa de juros em queda.”
A boa notícia do estudo é que o País melhorou no fator educação, saindo da 10.ª para a 9.ª posição. No ano passado, o Brasil destinou 6,4% do PIB para a educação, volume inferior apenas ao da África do Sul, que reservou 7,3% do PIB para esse fim.
É na educação que o País está na melhor posição. No entanto, esse volume de investimentos não se reflete na qualidade do ensino. Fonseca explicou que, no programa internacional de avaliação de estudantes (PISA) de 2015, o País ficou na 12.ª posição entre 14 países. “Há um problema de gestão. Precisamos fazer com que esse gasto gere resultados eficientes”, afirmou.
No quesito disponibilidade e custo de mão de obra, o Brasil caiu da 5.ª para a 11.ª posição. Segundo Fonseca, embora a desvalorização do real frente ao dólar tenha tornado os salários mais baratos, a baixa produtividade do trabalhador teve peso maior nesse quesito. Isso significa que é preciso mais pessoas para cumprir um mesmo trabalho no Brasil que em outros países.
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Desde que o levantamento começou a ser realizado, em 2012, o País nunca conseguiu sair do penúltimo lugar. Integram o ranking outros 17 países com economias similares, como África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, Indonésia, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia e Turquia.