BRASÍLIA - Os brasileiros terão de esperar oito anos para beber champanhe mais barata. O acordo fechado entre Mercosul e União Europeia prevê que esse tipo bebida, que é produzida na região francesa da Champagne, só terá alíquota do imposto de importação zerada ao fim desse período.
Enquanto isso, sobre as garrafas de rótulos como Veuve Cliquot, Möet Chandon e Taittinger será mantida a tarifa de 27%. É a mesma regra que valerá para os vinhos europeus.
Até lá, porém, será possível consumir a preços mais camaradas alguns tipos de prosecco, nome dado ao espumante italiano, e a cava, bebida produzida na Espanha.
É que o acordo prevê que os espumantes com preço acima de US$ 8 dólares (cerca de R$ 27 reais pelo câmbio atual) terão alíquota zerada no Brasil assim que o acordo entrar em vigor.
Após doze anos, todos os tipos de espumante entrarão no Mercosul sem qualquer tarifa.
Segundo o governo brasileiro, os europeus se comprometeram a auxiliar o Brasil na busca por uma denominação para o espumante produzido no País.
O Ministério da Agricultura confirmou ainda que o setor de vinhos e espumantes receberá auxílio do governo para aumentar sua competitividade, medida antecipada pelo Estado.
Haverá a criação de um fundo para a modernização do setor, que será abastecido com recursos da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos produtos nacionais e importados.