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Bastidores do mundo dos negócios

Aeris retoma plano de fábrica no exterior e já conversa com clientes

Por Wilian Miron (Broadcast)
Atualização:
Aeris planeja nova fábrica no exterior. Foto: Werther Santana/Estadão Foto: Werther Santana/Estadao / undefined

Em meio às projeções otimistas para o crescimento das energias renováveis nos Estados Unidos e na Europa, países que estão incentivando a adoção de energia limpa, a Aeris reativou seu plano de internacionalização e voltou a cogitar uma fábrica no exterior. A unidade terá capacidade instalada próxima à da unidade brasileira e potencial para gerar US$ 1 bilhão em receita por ano.

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Segundo o diretor de Planejamento e de Relações com Investidores da Aeris, Bruno Lolli, a empresa já iniciou conversas com dois clientes que atuam no mercado norte-americano para viabilizar o projeto. A ideia é começar ter produção local ou próxima desse mercado que deve dobrar o volume de implantação de projetos para 20 gigawatts (GW) anuais.

Ao Broadcast Energia, ele disse que a Aeris pretende atender a esse mercado tanto com produção local, quanto com pás exportadas a partir do Brasil. No primeiro trimestre deste ano, as 953 unidades fabricadas na planta de Pecém, no Ceará, foram direcionadas para atender ao mercado interno. Contudo, diante da perspectiva de demanda menor no País, a tendência é que a fábrica volte a produzir pás para exportação.

“Estamos negociando com clientes que atendemos em outros mercados, e parte desse fornecimento será feito via Brasil, porque temos expectativa de volumes menores a partir do final de 2024″, disse. Para viabilizar a instalação da unidade, a empresa tem duas alternativas: construir uma fábrica do zero, o que pode levar até 12 meses, ou alugar um imóvel e adaptá-lo. Essa alternativa pode ser utilizada para antecipar a produção local, caso necessário, a um custo inicialmente menor.

Em relação à demanda local, Lolli disse que o arrefecimento esperado é decorrente dos preços mais baixos da energia no mercado doméstico, o que funciona como um desincentivo para a implantação de novas usinas, e ao baixo crescimento econômico recente, o que tem segurado a demanda por energia. “o que já está comprometido para entrar em operação é suficiente para suprir demanda”, pontua.

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No primeiro trimestre deste ano, a Aeris reportou prejuízo líquido de R$ 22,206 milhões, ante prejuízo de R$ 39,425 milhões um ano antes. De janeiro a março, a receita líquida totalizou R$ 831,6 milhões, alta de 54,9% em mesma base de comparação, e o De janeiro a março, a receita líquida totalizou R$ 831,6 milhões, alta de 54,9% em mesma base de comparação.

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