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Bastidores do mundo dos negócios

Após congelar IPO, Wine mira oferta para 2024 e prevê captar até R$ 400 milhões

Com horizonte macroeconômico melhor, empresas de crescimento resgatam planos de expansão

Foto do author Talita Nascimento
Foto do author Cynthia Decloedt
Por Talita Nascimento e Cynthia Decloedt (Broadcast)
Loja da Wine no bairro de Moema, na capital paulista Foto: Wine

Com a perspectiva de melhora no ambiente macroeconômico e queda dos juros, após um período de aperto monetário, as chamadas empresas de crescimento voltaram a se posicionar diante de investidores e resgataram planos para acelerar a expansão. A importadora de vinhos Wine avalia que o movimento de retorno dos recursos para negócios com esse perfil está mais próximo agora e vê como possível a tentativa de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no início do próximo ano. A intenção é levantar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões com a estreia na Bolsa. Para empresas desse porte, o CEO da companhia, Marcelo D’Arienzo, acredita que o primeiro trimestre de 2024 é um horizonte factível. A empresa não desconsidera, porém, outras formas de financiar seu crescimento.

Depois de desistir do processo de IPO em 2020, a empresa buscou em uma emissão de debêntures o capital para financiar a aquisição da importadora Cantu. O ano que vem é visto como potencial para resgatar os planos. “Para empresas médias consistentes, uma janela não está tão distante. Pensar no primeiro trimestre de 2024 é possível”, diz D’Arienzo.

Cenário adverso exigiu adaptação

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Com a alta dos juros, o negócio teve de se adequar e buscar um caminho de rentabilidade. Hoje, mantém o registro de empresa aberta e os investidores bem informados, no intuito de atrair capital para o seu crescimento tão logo o mercado volte a ficar favorável. A empresa defende que, mesmo em um contexto desafiador em seu segmento, conseguiu mostrar números mais saudáveis.

A Wine tem mentalidade de startup e dois fundos de private equity como acionistas: Península, do empresário Abílio Diniz, e a a EB Capital. No primeiro trimestre de 2023, ainda viu avanço de 37,3% no prejuízo, para R$ 6,3 milhões. Esse resultado, porém, se deve, principalmente, à volta da cobrança do ICMS DIFAL. Se retirado esse efeito, haveria uma redução de 59,9% do prejuízo. O dinheiro novo ofereceria à companhia os recursos necessários para ampliar sua operação no México. “Vemos ali o mesmo cenário do Brasil de cinco anos atrás para o nosso segmento”, afirma.

A retomada de recursos para empresas em fase de crescimento é gradual, diz o sócio do BZCP, escritório de advocacia com experiência em venture capital e tecnologia, Eduardo Zilberberg, com mais de 300 startups entre seus clientes. “As decisões de investimentos levam de dois a três meses, às vezes podendo chegar a seis meses, portanto, a partir do segundo semestre, as movimentações podem aparecer.”

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 12/07/23, às 14h27.

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