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Bastidores do mundo dos negócios

Custo de produção de hidrogênio verde deve cair nos próximos anos

Segundo estudo da consultoria PwC, isso deve permitir aumento constante do uso até 2030

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Por Wilian Miron
Para a PwC, Brasil tem uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo  Foto: ALEXANDRE MARCHETTI-ITAIPU BINACIONAL

Embora o custo de produção do hidrogênio verde (H2V) seja considerado hoje o maior entrave à adoção em larga escala como combustível, a consultoria PwC estima que nos próximos sete anos haja uma redução no preço final do produto, permitindo que seu uso tenha um crescimento constante até 2030.

Em relatório, a consultoria destaca, ainda, que já existem projetos de H2V em construção, e alguns menores em operação, mas com capacidade limitadas de eletrolisador, abaixo de 50 megawatts (MW). Já as usinas em planejamento e que devem sair do papel nos próximos anos terão capacidade acima de 100 MW.

Demanda maior por insumo exigirá investimento em infraestrutura

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A consultoria também estima que será preciso aumentar a infraestrutura para transporte e armazenamento do hidrogênio, com dutos e terminais de exportação, que em alguns casos demandam prazo de até 12 anos para ficar prontos. “Idealmente, a infraestrutura necessária será construída em paralelo à crescente demanda de hidrogênio a custos decrescentes para garantir que até 2030 ele possa ser comercializado e transportado nas quantidades necessárias”, diz trecho do relatório.

Nesse cenário,a demanda deve se intensificar após 2030, especialmente na segunda metade da próxima década, especialmente para que sejam cumpridas as metas climáticas do Acordo de Paris. Contudo, para que isso ocorra, destaca a consultoria, o planejamento da infraestrutura deve começar agora.

Brasil pode se destacar entre produtores de H2V

“Demanda um tempo para colocar o projeto de pé, testar e colocar em operação, mas a gente conhece alguns que estão sendo estruturados”, comentou o sócio e líder em energia da PwC, Adriano Correia.

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Na opinião dele, o Brasil tem totais condições de ser um dos principais produtores do H2V, uma vez que tem uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo e grande potencial para novos projetos de geração. Ele, contudo, lembrou que nos Estados Unidos e na Europa já existem iniciativas de concessão de benefícios fiscais e subsídios para acelerar essa indústria, e que em algum momento isso precisará ser avaliado também no Brasil, para que o hidrogênio nacional seja competitivo no mercado global, especialmente para exportação à Europa.


Este texto foi publicado no Broadcast Energia no dia 13/01/2023, às 17h27

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