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Bastidores do mundo dos negócios

Docol investirá R$ 1 bi para ir além das torneiras e se espalhar pela casa

Companhia amplia portfólio e abre unidade industrial em Minas

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Sede da Docol em Joinville, Santa Catarina: expansão de itens e locais de produção Foto: Divulgação/Docol

Ao longo de sua história de 67 anos, a catarinense Docol se consolidou no mercado de metais sanitários produzindo torneiras, misturadores, válvulas e chuveiros, mas agora decidiu se espalhar pela casa do consumidor. A empresa vai investir R$ 1 bilhão para ampliar e diversificar o portfólio de produtos nos próximos cinco anos e disputar mais mercados.

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O foco dos aportes (cerca de 30% a 40%) será o segmento de louças, incluindo vasos sanitários, caixas acopladas, cubas de pia e tanques de lavar roupa. O primeiro passo para isso foi o investimento de R$ 150 milhões na construção de uma fábrica própria de louças em Poços de Caldas (MG), que está sendo inaugurada neste mês.

Até então, a Docol atuava no ramo de louças por meio de parcerias com fabricantes que desenvolviam produtos sob encomenda. Hoje, o grupo vende 60 mil peças por ano dessa maneira. Já com uma fábrica própria, dará um salto: passará a produzir 35 mil peças por mês, podendo ampliar a capacidade da planta para 105 mil por mês nos próximos três anos. Além disso, o plano de investimentos dos próximos cinco anos prevê a abertura de uma segunda fábrica de louças no Nordeste, que é considerado outro centro de consumo importante.

Produtos diferentes podem usar os mesmos canais de distribuição

“A Docol sempre se dedicou muito a metais sanitários. Mas, alguns anos atrás, chegamos à conclusão de que haveria espaço para trabalhar em outros itens de mercado”, afirma o presidente do grupo, Guilherme Bertani, em entrevista à Coluna. A atuação em diferentes mercados de materiais de construção permite ganhos de sinergias importantes, pois usam os mesmos canais de distribuição e vendas, por exemplo.

Dentro dessa estratégia de diversificação, a Docol comprou em 2019 o controle da Mekal, de pias de aço inox, em Cotia (SP), e adquiriu em 2021 a fabricante de pias Frank, de Joinville (SC), em 2021. Com isso, o grupo atua com produção própria em três categorias: metais, pias e louças.

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A Docol encerrou 2022 com faturamento de R$ 1,1 bilhão e espera fechar 2023 com cerca de R$ 1,2 bilhão e margem de lucro operacional (margem Ebitda) próximo de 22%. Cerca de 75% da receita vem de metais sanitários, 10% de pias e 15% de louças - estas têm potencial de bater a marca de 40% após a conclusão do ciclo de investimentos.

Em outro movimento importante, a Docol inaugurou em agosto um centro de inovação situado em Joinville (SC), cidade sede da companhia. O local vai concentrar o pessoal envolvido em pesquisas voltadas para o aprimoramento dos produtos. A empresa lançou recentemente as torneiras inteligentes que vão além da função de ‘quente e frio’ e já têm até acionamento por comando por voz e liberação de água com ozônio (que ajudam a limpar os alimentos). No caso das louças, também há espaço para inovação destinada, principalmente, à redução de preços dos itens e diminuição no consumo de água, diz o presidente.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/11/23, às 17h31

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