
Após alcançar pouco mais de 500 migrações de clientes no varejo do mercado livre de energia desde janeiro, e buscar parcerias para ganhar capilaridade nesse nicho, a comercializadora Ecom Energia analisa os recentes movimentos do mercado, com vistas a uma potencial aquisição que possa incrementar sua carteira de consumidores nessa modalidade.
Segundo o sócio da Ecom, Marcio Sant Anna, nesse nicho, a atuação da empresa será focada em contratos com margens de lucro mais altas e que possam garantir a sustentabilidade do negócio no longo prazo. “Se olhar em número de clientes a gente não vai aparecer no ranking, mas se olhar margem estaremos entre os cinco primeiros com certeza.”
No entanto, ele estima que mesmo com a atuação focada em clientes mais qualificados do que em grandes números, a tendência é que a carteira continue crescendo nos próximos meses. “A quantidade [de potenciais migrações] é tão grande que a gente vai chegar a três, a quatro mil clientes, até o final do ano que vem”, disse ao Broadcast Energia sobre o fato de haver mais de 180 mil consumidores aptos a aderir ao mercado livre na modalidade varejista.
Estratégia de ‘catequização’
Contudo, ao mesmo tempo em que analisa oportunidades de crescimento orgânicas e aquisições, a empresa continua sua estratégia de “catequizar” os consumidores, levando informações sobre quais os benefícios da migração e como este mercado funciona. “Tomamos a estratégia de canal e de agentes Ecom para oferecer energia aos clientes”, explicou ele.
Para esta tarefa, a comercializadora já tem 750 agentes que atuam em outros nichos, mas que fazem a divulgação do serviço de energia para suas carteiras. A meta, agora, é chegar 2 mil parceiros até o final deste ano. “Criamos aulas digitais sobre o que é o mercado livre, para o agente saber sobre o que está falando.”
Além disso, a empresa quer avançar em geração distribuída (GD), e espera alcançar 50 megawatts-pico (MWp) até 2028. Hoje, a companhia tem 11,4 MWp em projetos de GD e está implantando uma nova usina de 4 MWp em Cordeirópolis, no interior de São Paulo.
Os ativos de GD são de projetos do chamado GD1, que têm a salvaguarda dos incentivos à expansão dessa modalidade, como o desconto de 50% na tarifa pelo uso do fio.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/07/24, às 17h28.
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