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Empiricus gestão lança segundo fundo de crédito de carbono e pretende captar R$ 300 milhões

Carbon Fund II pretende captar R$ 300 milhões

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Por Aramis Merki II (Broadcast)
Empresa estima que demanda pelo título vai aumentar depois de mercado de carbono ser regulamentado no Brasil  Foto: Nacho Doce / REUTERS

A Empiricus Gestão, antiga Vitreo, lançou seu segundo fundo de créditos de carbono. O veículo nasce como a continuação da tese de seu antecessor, que levantou R$ 50 milhões em 2021 e finalizou a sua alocação recentemente. O recém-lançado Carbon Fund II pretende captar R$ 300 milhões, informa a gestora. O comitê de investimentos conta com especialistas das consultorias ForFuturing, Systemica e Ecofinance, além de executivos focados em sustentabilidade do BTG Pactual.

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O veículo investirá em certificados de redução de dióxido de carbono tanto do mercado regulado quanto do voluntário, seja pela compra direta de ativos ou pelo financiamento de projetos. O foco vai além dos créditos de emissão no Brasil, com olhos também para América Latina e África. “O mercado de carbono tem cara de commodity, mas a precificação é como o mercado de vinhos. É complexo. Queremos ser parceiro das empresas que têm o crédito de qualidade, por mais que se pague um prêmio por isso”, afirma Felipe Monteiro, líder da área de investimentos alternativos da Empiricus Gestão.

A taxa de administração do fundo será de 2% mais taxa de performance de 20% do que superar o benchmark (IPCA+6%). A expectativa é de retorno de IPCA+ 20% ao ano. Os aportes, possíveis apenas para investidores profissionais, poderão ser em dois modelos diferentes, a partir de R$ 125 mil (à vista) ou de R$ 750 mil (chamada de capital).

Expectativa é que mercado ganhe regulamentação após reforma tributária

A alocação do capital levantado será ao longo de três anos - a gestão acredita que a regulação brasileira do mercado de carbono saia neste período. “A expectativa é que a votação da regulamentação do mercado nacional ocorra logo após a aprovação da reforma tributária. Virando lei, a demanda por crédito de carbono naturalmente deve crescer, fazendo com que o fundo se torne ainda mais relevante. Com isso, ele poderá atuar tanto no mercado voluntário como no mercado regulado”, afirma Monteiro.

Family offices e outros investidores institucionais que são cotistas do primeiro fundo têm demonstrado interesse em se expor novamente à tese da Empiricus Gestão, de acordo com Monteiro. O Carbon Fund 1 acumula valorização de 72% ao ano desde a sua criação. “Quem entrou no primeiro fundo, agora nos vê como referência neste assunto. Então quando aparecem outros investimentos relacionados, eles nos procuram. Fazemos também um papel de disseminação de informação deste mercado novo.”

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