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Bastidores do mundo dos negócios

Super ricos devem puxar mercado de títulos incentivados, diz CEO da SulAmérica Investimentos

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Taxação dos fundos exclusivos está em debate no Congresso. Foto: Roque de Sá/Agência Senado  Foto: Roque de Sá/Agência Senado / Roque de Sv°/Agv™ncia Senado

A oferta de títulos incentivados deve voltar a crescer no primeiro semestre de 2024, por conta de estratégias que estão sendo trabalhadas por gestores de fundos exclusivos, que devem perder isenção de Imposto de Renda. A expectativa é que o projeto de lei que impõe alíquota sobre rendimento nesses fundos seja aprovado. Por isso, a movimentação em torno de alternativas que tragam eficiência fiscal já começou, de acordo com o presidente da SulAmérica Vida, Previdência e Investimentos, Marcelo Mello.

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O investidor vai se reposicionar em incentivados, fundos de ações, fundos imobiliários, em um movimento de cisão dos fundos exclusivos. “Já temos muitas conversas nesse sentido”, disse Mello. Para ele, os incentivados vão ser beneficiados nesse reposicionamento. Por isso, ele prevê que o volume de ofertas - que perdeu impulso neste segundo semestre - seja retomado no primeiro semestre de 2024.

As ofertas de produtos incentivados como debêntures, certificados de crédito do agronegócio e imobiliário somaram R$ 90 bilhões de janeiro a setembro. Nos quatro primeiro meses deste ano o mercado ficou praticamente paralisado pela recuperação judicial de Americanas e Light.

Agora, a partir de outubro, as captações pelas empresas voltaram a desacelerar, diante de uma nova rodada de incertezas com o ciclo de juro dos Estados Unidos e quanto a eventual mudança na meta fiscal para o ano que vem.

Mello acredita que o primeiro semestre do ano que vem será melhor para as empresas captarem no mercado de capitais, apostando que estará mais claro quando o juro norte-americano poderá começar a cair e qual será a meta fiscal no Brasil. Ambos os fatores têm trazido volatilidade à curva de juro brasileira. Com isso, ele enxerga também uma melhora no custo das captações para as empresas, que ficou mais “salgado” nesse mais recente movimento de alta na curva do juro brasileiro.

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