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Notícias do mundo do agronegócio

Netafim investe R$ 30 milhões para reforçar irrigação em soja e milho

Sistemas de irrigação para milho e soja representam atualmente 25% do faturamento da empresa de origem israelense e devem abocanhar 60% em meia década

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A Netafim do Brasil, fabricante de equipamentos e softwares para irrigação por gotejamento, projeta dobrar sua estrutura no País em três anos, reforçando a atuação em grãos, com investimento de R$ 30 milhões. Sistemas de irrigação para milho e soja, que hoje representam 25% do faturamento da empresa de origem israelense, devem abocanhar 60% em meia década, adianta Ricardo Almeida, CEO para o Mercosul. Os recursos serão aplicados no aumento da rede de distribuidores e na melhoria de softwares. “Vamos dobrar o tamanho da equipe e dos revendedores para expandir a tecnologia nessas lavouras”, diz. Este ano, o faturamento no Brasil deve ser 25% superior aos cerca de US$ 120 milhões de 2022.

Expansão nos extremos

A Netafim tem equipamentos instalados em 8 milhões de hectares no Brasil, sobretudo em café, cana, grãos e citros e prevê, até o fim do ano, expandir o trabalho de distribuidores e representantes no extremo Norte (Maranhão e Pará) e na Região Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Cada vez mais ágil

Até 2026, a meta da empresa é elevar o faturamento em média 20% ao ano. Para isso, investiu em logística para escoamento dos sistemas de irrigação. No início do mês, aplicou R$ 10 milhões para ampliar áreas de armazenagem e expedição de produtos. A expectativa é reduzir em 50%, nos próximos 2 anos, o tempo de entrega.

Netafim tem equipamentos instalados em 8 milhões de hectares no Brasil Foto: Amir Cohen/Reuters

Perto do campo

A butique de crédito Multiplica, que tem mais de R$ 8 bilhões em recursos sob gestão, inaugura escritório em Goiânia (GO) para coordenar sua atuação no Centro-Oeste, onde tem equipes em Rio Verde (GO), Cuiabá (MT) e Dourados (MS). A filial deve fechar o ano com R$ 1 bilhão em operações para financiar compra de insumos, produção agropecuária e exportação, entre outros. Em 2024, a previsão é chegar a R$ 2 bilhões.

Avante

Com sede em São Paulo (SP), a empresa possui outros dois escritórios no Brasil, em Londrina (PR) e Porto Alegre (RS). Para expansão posterior, estão no radar Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Estados do Norte do País, diz Eduardo Barbosa, sócio e diretor financeiro.

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Do vegetal ao fungo

A foodtech paulistana Typcal, que produz empanados e hambúrgueres à base de ervilha, projeta quintuplicar o faturamento até 2025 com produtos feitos a partir de micélios de cogumelos. A startup já captou mais de R$ 4 milhões em rodadas de investimentos, que destinou para desenvolver a tecnologia inédita na América Latina de fermentação da proteína alternativa. O primeiro produto será similar a um peito de frango e chegará, em agosto deste ano, a restaurantes de São Paulo e Rio de Janeiro.

Rumo à escalada

Paulo Ibri, CEO da Typcal, vê o micélio como “a revolução das proteínas alternativas”. Em um ano e meio, prevê substituir outras matérias-primas pelo produto e, até o fim de 2025, espera que a nova base domine 90% do mix de vendas da foodtech. A startup também quer vender a tecnologia para outras empresas “plant-based” em 2024. Para tanto, pretende captar R$ 30 milhões em investimentos no ano que vem e aumentar a estrutura fabril. O aporte elevará a capacidade de produção dos atuais 100 quilos por mês para 500 toneladas por ano, estimadas para 2025.

Sinais trocados

Declarações recentes de representantes do setor produtivo, que associaram políticas públicas de apoio à comercialização de grãos e à garantia de preço mínimo a “migalhas” e a “esmola”, desagradaram ao governo. As falas ocorrem enquanto o Ministério da Agricultura busca recursos para leilões de apoio à comercialização de grãos em meio à queda dos preços, sobretudo da soja e do milho. “Eles têm de decidir se vão querer ou não o apoio ou vão preferir vender grão abaixo do custo de produção”, critica um interlocutor da pasta.

Saída do CAR do Meio Ambiente divide o agro

A transferência do Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Ministério do Meio Ambiente para o da Gestão, que tramita na Câmara, não é consenso no agro. A Frente Parlamentar da Agropecuária defende a medida. Já a Coalizão Brasil e o ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro, João Adrien, afirmam que a falta de equipe qualificada inviabilizará o avanço do CAR.

Semana com marco temporal e Ferrogrão em Brasília

O marco temporal para demarcação de terras indígenas volta à pauta do Congresso. Amanhã, a Câmara vota o mérito do projeto de lei que prevê demarcação para áreas ocupadas na promulgação da Constituição de 1988. No STF, a construção da Ferrogrão, que liga Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA), será julgada na quarta-feira.

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