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Traive reforça investida sobre revendas de insumos para elevar concessão de crédito

Com plataforma de crédito, Traive busca facilitar acesso de revendas e cooperativas a recursos para financiar plantio

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Foto do author Sandy Oliveira
Por Clarice Couto , Isadora Duarte (Broadcast), Leticia Pakulski e Sandy Oliveira
Atualização:

A empresa de tecnologia de crédito agrícola Traive, fundada nos Estados Unidos por brasileiros, avança junto a grandes grupos de distribuição de insumos agrícolas e cooperativas para habilitar um número maior deles a captar recursos no mercado de capitais.

Empresa espera fechar 2022 com contratos com 35 grupos ligados ao agronegócio, ante 8 em 2021 Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

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Esses potenciais clientes precisam de capital de giro para antecipar a venda de insumos a produtores e receber na colheita. Fabricio Pezente, cofundador e CEO, tem passado mais tempo no Brasil para mostrar como o sistema prepara as revendas para obter crédito com qualquer investidor, não só os intermediados pela Traive, que espera fechar 2022 com contratos com 35 grupos, ante 8 em 2021. “Sabendo que têm crédito disponível, poderão vender mais sem usar seu caixa.”

Fundos seguem interessados 

Pezente contratou um profissional do setor financeiro para buscar mais fundos interessados no agro. Em três meses, mapeou 150, ante 20 há um ano. Em 2022, os 35 grupos devem captar até R$ 10 bilhões – R$ 3 bilhões com a ponte da Traive, acima do R$ 1 bilhão de 2021.

Seguindo o plano

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O recente recuo de investimentos em startups não altera os planos porque a Traive levantou, em outubro, US$ 17 milhões em uma rodada série A, acima da meta inicial de US$ 10 milhões. “Íamos ampliar a equipe para 150, vamos ficar em 110 por ora. Muitas empresas ficarão pelo caminho, mas nós não, estamos capitalizados.”

Fiagro em alta

 O interesse de investidores em colocar recursos em Fiagros (fundos de investimento do agronegócio), além do bom retorno trazido pelos já lançados e da maior previsibilidade de juros futuros levam Bruno Santana, CEO da gestora Kijani, a apostar que o mercado dobrará até o fim do ano, de R$ 4 bilhões para R$ 8 bilhões. “No último trimestre de 2021 as emissões ficaram aquém da expectativa. Mas em 2022 o cenário é mais conhecido e os investidores estão confortáveis com Fiagros”, diz.

Cresce junto

Em janeiro, a Kijani captou R$ 240 milhões no seu primeiro Fiagro, o Asatala, aplicados em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), títulos emitidos por produtores ou empresas para financiar suas atividades. No 2.º semestre, a expectativa é mais que dobrar o montante, com outra oferta de cotas do Asatala ou um novo Fiagro. As captações por CRAs também devem crescer, dos R$ 300 milhões no 1.º semestre para mais de R$ 500 milhões na programação.

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A M. Dias Branco começa a preparar a expansão da marca Jasmine, de alimentos saudáveis, adquirida em junho. Fábio Cefaly, diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores , diz que a primeira onda de expansão, em dois anos, será no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e capitais do Nordeste. O segundo passo será aumentar a distribuição da marca no interior do País e, em seguida, exportação. “Um dos mercados-alvo é a América do Sul. Já tivemos interesse de distribuidores de outros países”, conta. Hoje, 50% das vendas da Jasmine concentram-se na Região Sul e em São Paulo.

No aguardo

A compra da Jasmine pela M. Dias ainda depende, porém, da aprovação do Cade. A expectativa da fabricante é obter aval para o negócio entre meados de agosto e setembro. Após a integração da Jasmine, a segunda empresa de alimentos saudáveis comprada pela M. Dias, a empresa deve colocar o pé no freio em aquisições no segmento. “Há espaço para crescimento expressivo com essas marcas saudáveis do portfólio”, diz Cefaly. Mas, continua ativa, olhando novos negócios em alimentos como snacks.

Em alta

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A quantidade de fretes de milho contratada na plataforma de transporte de cargas Fretebras aumentou 103% em junho, na comparação com igual período de 2021. O crescimento da safra e a digitalização dos transportadores diante de custos mais altos do diesel puxaram o incremento, diz a empresa. O valor dos fretes também subiu 25,16% no preço médio por quilômetro por eixo rodado.

Carbono zero

A partir das operações no Uruguai, a Minerva exportou seu primeiro contêiner de carne bovina carbono neutro para a Suíça. Danilo Cabrera, diretor de Relações com Investidores, disse que a produção foi certificada por uma instituição europeia, “sinalizando que nos três escopos de avaliação o carbono tinha sido neutralizado”, afirmou no canal Bastter, no Twitch.

Seguro rural

A Junta Orçamentária Executiva (JEO), que assessora a condução da política fiscal, se reúne na quarta-feira (20) para discutir a possibilidade de complementar em R$ 710 milhões o programa de subvenção ao prêmio do seguro rural (PSR). Os R$ 990 milhões garantidos para o ano devem acabar na primeira semana de agosto

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