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Comissão no Senado aprova convite para Campos Neto explicar erro do BC em apuração de dados

Banco divulgou em janeiro problema nos números do fluxo cambial; presença de presidente da instituição é esperada para 4 de abril, e parlamentares devem aproveitar para questioná-lo sobre juros

Foto do author Giordanna Neves
Foto do author Sofia  Aguiar
Por Giordanna Neves (Broadcast) e Sofia Aguiar (Broadcast)

BRASÍLIA - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 14, convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareça à Casa legislativa. A ida de Campos Neto à comissão é esperada para o dia 4 de abril.

O requerimento é de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). De acordo com o pedido, o objetivo é prestar informações sobre erro estatístico na série de câmbio contratado do setor externo do Banco Central, no período de outubro de 2021 a dezembro de 2022, de valor total de US$ 14,5 bilhões.

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O problema, revelado no final de janeiro, se concentrou nos dados referentes às importações. Com a revisão nos dados, o fluxo cambial total de 2022 passou de entrada de US$ 9,574 bilhões para saída de US$ 3,233 bilhões – um erro de mais de US$ 1 bilhão por mês.

Vieira quer que Campos Neto informe à comissão as providências tomadas para sanar o erro e os impactos negativos da falha na economia brasileira.

Campos Neto terá que comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal Foto: Pedro França / Agência Senado

Apesar do tema oficial, a expectativa é que parlamentares governistas aproveitem a ocasião para questionar Campos Neto sobre a alta taxa de juros no País, objeto de críticas recentes feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros integrantes do governo.

“É importante que o presidente do BC esclareça as circunstâncias que permitiram a ocorrência e a permanência desse erro. Por suas características, é bem possível que haja graves insuficiências nos controles internos da instituição, o que é especialmente preocupante dada a elevada importância do Banco Central na economia brasileira”, justifica Vieira.

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