BRASÍLIA - O Banco Central apontou nesta terça-feira, 28, que a concentração bancária no Brasil teve leve queda em 2018, com as cinco maiores instituições — Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander — detendo 81,2% dos ativos totais do segmento bancário comercial, ante 82,6% em 2017.
Em seu Relatório de Economia Bancária, o BC apontou ainda que esse grupo passou a responder por 84,8% das operações de crédito no segmento, sobre 85,8% anteriormente. Em relação aos depósitos totais, houve queda para 83,8% do total, sobre 85% em 2017.
No documento, o BC chamou a atenção para a queda na fatia detida por BB e Caixa de 2016 a 2018. “Para o segmento bancário comercial, essa participação decresceu de 40,3% para 38,1% nos ativos totais; de 50,2% para 40,2% nos depósitos totais; e de 50,6% para 48,0% nas operações de crédito.”
O BC já havia adiantado parte do material, indicando que o spread bancário - diferença entre o custo do dinheiro para o banco e quanto ele cobra do consumidor na operação de crédito - está mais correlacionado com concorrência do que com a concentração do setor no País.
Em outro box do mesmo relatório divulgado na semana passada, o BC apontou que a inadimplência é o principal componente do spread bancário e que, para baixar o spread, há necessidade de melhorar o processo de recuperação de garantias no sistema financeiro.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.