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Febraban destaca preparação dos bancos para Basiléia II

Por Agencia Estado
Atualização:

Os bancos brasileiros estão se preparando, levantando dados históricos e metodologias para se enquadrarem às normas de controle de riscos do acordo de Basiléia II. O diretor de gestão de riscos da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Alfredo Moraes, disse que todas as instituições estão se preparando, mas que ainda há necessidade de alguma regulamentação do Banco Central. O acordo da Basiléia II entrará em vigor a partir do final de 2006. O superintendente de administração de riscos globais do Unibanco, Manoel Jordão, disse que os investimentos necessários para implementação do acordo de Basiléia II serão superiores ao novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Ele comentou que a diferença é que as instituições terão prazo maior para realizar esses investimentos e se adaptarem. Alfredo Moraes, da Febraban, disse que os estudos do Banco Central do Brasil ainda não são conclusivos sobre o impacto do acordo no sistema. A expectativa inicial é de que haverá um ligeiro aumento das necessidades de capital por parte das instituições. Pontos básicos Atualmente o acordo de Basiléia I estabelece uma necessidade de capital de R$ 11,00 para cada R$ 100,00 de empréstimo, ante uma relação média de 8 para 100 nos países mais desenvolvidos. O acordo de Basiléia II exige um ligeiro aumento no capital, mas o Brasil já está com uma necessidade maior do que o resto do mundo e, por isso, o impacto não deverá ser muito forte com a nova metodologia. Moraes disse que o acordo Basiléia II vai exigir um detalhamento de riscos de crédito (rating) e introduz o conceito de riscos operacionais que hoje não são contemplados pelo Basiléia I. Ele exemplifica que os bancos que realizam operações de financiamento com títulos públicos têm risco zero pelo acordo de Basiléia I, mas terão que adotar o cálculo do risco operacional quando da implantação do Basiléia II. O risco operacional é, por exemplo, de uma pane no sistema de computadores ou falta de energia que inviabilize o financiamento do dia da rolagem do título público pela instituição financeira. Esses riscos operacionais não são considerados atualmente no cálculo do índice da Basiléia I, mas serão contemplados a partir do final de 2006. O debate sobre o acordo Basiléia II ocorreu durante o dia de hoje no Hotel Intercontinental e foi organizado pela Febraban.

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