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FMI critica políticas energéticas da Bolívia e do Equador

Os dois países foram alvo de algumas das palavras mais duras do Fundo no relatório Panorama Econômico Mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) criticou a política energética da Bolívia e Equador, que este ano tomaram medidas consideradas prejudiciais às multinacionais que operam em seus territórios, e questionou a capacidade estatal de investimento no setor. Os dois países foram alvo de algumas das palavras mais duras do FMI até agora em seu relatório Panorama Econômico Mundial, divulgado em Cingapura. Ao governo de Evo Morales, da Bolívia, o FMI lembrou que a nacionalização dos hidrocarbonetos, decretada dia 1º de maio, assim como sua decisão de aumentar os royalties podem ter "posto em perigo as perspectivas de novos investimentos". O FMI lembrou que o país só conseguiu aumentar rapidamente suas exportações de gás natural quando abriu o setor à iniciativa privada. Uma mensagem similar foi enviada ao Equador, que no dia 15 de maio cancelou o contrato com a companhia americana Occidental. Além disso, no começo do ano o país aprovou uma lei de hidrocarbonetos que eleva a contribuição das empresas ao Estado. O Fundo constatou que a produção da estatal Petroecuador caiu, e lembrou a Quito que a recuperação "depende da capacidade de o governo melhorar o clima de investimentos, atraindo novos investidores e fortalecendo a gestão do setor público". O importante, segundo o relatório, não é decidir se a exploração dos jazidas ficará nas mãos da Petroecuador ou das empresas privadas, e sim aumentar a capacidade de o governo "estabelecer um regime estável e previsível de incentivos à produção e ao investimento, assim como estruturas de administração eficientes".

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