O Grupo Pão de Açúcar (GPA) afirmou nesta quinta-feira, 2, ter celebrado uma transação para a venda dos imóveis que compõem a sua sede administrativa localizada na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, na capital paulista. No terreno, no Jardim Paulista, fica também a loja de número 1 da rede de supermercados.
O montante acordado totalizou R$ 218 milhões, sendo 82% do recebimento em 2024, e 18% em parcelas até março de 2026.
Segundo a companhia, a transação faz parte do “plano de redução da alavancagem financeira da companhia, iniciado em 2023, contribuindo para a redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital”.
O acordo inclui uma operação de Sale and Leaseback (venda seguida de aluguel do imóvel), representado apenas pela torre administrativa que compõem os imóveis, totalizando R$ 109 milhões, onde permanecerá a sede administrativa da companhia por meio de um contrato de locação pelo prazo inicial de 15 anos e um cap rate (taxa de capitalização) aproximado de 9%.
Contempla também a celebração de Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda no qual o GPA se comprometeu em vender, definitivamente, a parte da área anexa à torre administrativa, no valor total de R$ 109 milhões.
Compradores
A transação abrangeu o terreno de 5.200 metros quadrados e a torre que abriga a sede do grupo GPA — o imóvel da loja de número 1 ficou de fora da negociação.
O empresário Frederico von Ihering Azevedo, presidente do grupo GVI, comprou o terreno por cerca de R$ 109 milhões. Já o fundo Tellus comprou a torre por outros R$ 109 milhões. A transação total ficou em R$ 218 milhões.
O objetivo da GVI é construir no terreno prédios residenciais de alto padrão, cujo projeto será desenvolvido pelo arquiteto Felipe Aflalo, que foi responsável pela própria sede do GPA.
A ligação do grupo GVI com o grupo Pão de Açúcar é de longa data. Há 30 anos, a empresa foi responsável pela construção de uma das primeiras lojas da rede na zona leste de São Paulo. Recentemente, o grupo GVI assinou contrato para construção de uma nova loja de 5.000 m² na estação Oratório, da Linha 15–Prata, na Vila Ema, que será alugada por 20 anos. O início das obras está previsto para janeiro de 2025.
