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Lwarcel deve elevar produção de celulose a 1 mi de ton

Por CAROLINA MARCONDES
Atualização:

A produtora de celulose Lwarcel, localizada no interior de São Paulo, está estudando a ampliação da sua capacidade de produção de atuais 250 mil toneladas para 1 milhão de toneladas por ano. A estimativa mais otimista da companhia é que, após a aprovação do Conselho de Administração, esperada para a segunda metade de 2013, a segunda linha de produção entre em operação em 2016, segundo o presidente do Grupo Lwart, Carlos Renato Trecenti. "Na hipótese mais otimista, tudo correndo bem e com um cenário externo que não atrapalhe, a gente falaria em uma fábrica que partiria em 2016. Dependendo do andamento do projeto, e nós somos conservadores... pode ser que fique para 2017 ou 2018", disse o executivo à Reuters. Entre as variáveis "externas" estaria a questão da crise europeia e o próprio mercado de celulose. Caso a nova linha de produção da Lwarcel realmente comece em 2016, isso deve acontecer ao mesmo tempo em que a Suzano Papel e Celulose inicia suas atividades em uma linha de produção no Piauí. Antes disso, no final deste ano, a Eldorado Celulose deve iniciar suas operações, produzindo 1,5 milhão de toneladas por ano em Três Lagoas (MS). No ano que vem a joint venture entre a finlandesa Stora Enso e a chilena Arauco será iniciada, assim como a unidade de Imperatriz (MA) da Suzano. No segundo semestre de 2014, a Fibria deve inaugurar a segunda linha de produção em sua fábrica em Três Lagoas, com capacidade de 1,5 milhão de toneladas. Entretanto, a decisão pela ampliação deve ser tomada ainda este ano, e há certa dúvida no mercado se isso realmente irá acontecer. "O excesso de capacidade é uma preocupação de todo o setor, mas esse processo é muito dinâmico. A gente vai observar o mercado (para decidir sobre o início das operações)", afirmou Trecenti. Uma estimativa inicial do Grupo Lwart é de que os investimentos na ampliação sejam da ordem de 2 bilhões de reais, "mas agora a gente trabalha em cima de estimativas, a conta que a gente faz é na proporção de outros investimentos", explicou o presidente. "E como todo projeto de celulose (a ampliação) dependeria de financiamento", disse Trecenti. De acordo com ele, no momento a Lwarcel é uma companhia de porte pequeno, mas depois da ampliação não é descartada a possibilidade de a empresa abrir o capital em bolsa. CELULOSE DE EXPORTAÇÃO Atualmente, apenas 25 por cento da produção da Lwarcel é destinada ao mercado externo, e a Europa é o principal destino das exportações. "Nossa localização (Lençois Paulista, a cerca de 290 quilômetros da capital paulista) sempre foi favorável para atender a clientes da região Sudeste, então isso explica o predomínio", disse Trecenti. "Mas com uma escala maior a exportação fica mais fácil." A estrutura atual de florestas da Lwarcel é dividida entre terras próprias, de terceiros e atividades de fomento, sendo que esta última deverá ter participação "um pouco maior" no projeto de ampliação. Quando a Lwarcel iniciou suas operações, em 1986, a companhia produzia celulose a partir de pinus, de fibra longa. A partir de 1989 a companhia passou a produzir fibra curta, a partir do eucalipto, e em 1996 houve a substituição completa. O grupo Lwart também controla a Lwart Lubrificantes e a Lwart Química. No ano passado, contudo, a unidade de celulose respondeu por 50 por cento do faturamento do grupo de 600 milhões de reais.

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