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Bovespa sobe, mas petróleo desaba e leva junto Petrobras

Por Agencia Estado
Atualização:

A queda forte dos preços do petróleo no mercado internacional esta manhã - o preço do barril para entrega em fevereiro desabava mais de 3% na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) - fez com que o índice futuro da Bolsa de Valores de São Paulo desacelerasse a alta no pregão eletrônico que antecede a sessão regular. O índice Bovespa à vista, que acompanha as negociações de ações que começaram às 11 horas (pregão regular), abriu em alta e avançava 0,37%, a 42.989 pontos. Apesar de ter se recuperado ontem (+1,38%), a Bovespa continua muito sensível à movimentação no mercado de petróleo e de commodities metálicas, especialmente num dia como hoje, de agenda fraca, tanto aqui como nos EUA. O recuo do preço do óleo, que em Londres chegou a ser negociado abaixo de US$ 54,00 o barril, reflete a continuidade das vendas pelos fundos, especialmente os institucionais, e expectativas de alta dos estoques dos Estados Unidos, no relatório semanal que será divulgado amanhã. As ações de Petrobras, portanto, são influenciadas negativamente na abertura da Bovespa pela queda forte do petróleo. Às 11h12, os papéis preferenciais caíam 0,94% e as ações ordinárias, baixa de 0,58%. Há também expectativa se as ações da estatal brasileira vão reagir à decisão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de nacionalizar os setores de energia e de telecomunicações. Segundo Chávez, as novas regras também servirão para acabar com o controle de algumas companhias estrangeiras sobre o processamento de petróleo extra-pesado na região do Rio Orinoco, onde a Petrobras e a PDVSA identificaram um campo gigante de petróleo. Nessa região, trabalham atualmente em parceria com a PDVSA a francesa Total, a norueguesa Statoil e as americanas ExxonMobil, ConocoPhilips e Chevron Texaco. Analistas ouvidos pela Agência Estado hoje afirmam que as novas medidas anunciadas por Chávez, apesar de não serem boas, devem ter efeito limitado nas ações da Petrobras e nos países emergentes em geral, pelo fato de esse risco político da Venezuela já estar precificado. "Essa decisão do governo da Venezuela pode até soar mais positiva para os emergentes que têm governos mais democráticos", afirma uma fonte. No caso de Petrobras, a avaliação é de que do ponto de visto prático e econômico essas medidas não terá impacto relevante no balanço da empresa.

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