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Suzano Papel pretende avaliar oportunidades no mercado externo

Por Agencia Estado
Atualização:

O novo diretor-presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, ex-presidente da Ford América do Sul, disse hoje durante encontro com a imprensa que a companhia pretende analisar no futuro oportunidades de negócio no mercado internacional. O executivo, entretanto, não comentou se a empresa buscará aquisição de outros negócios ou a implantação de operação própria em novos mercados. "Existem muitos outros negócios no mundo. No futuro, (a internacionalização da operação) é muito importante para o crescimento da Suzano", afirmou Maciel. O novo presidente da companhia afirmou ainda que daqui para a frente a empresa dará cada vez mais ênfase ao mercado de capitais. "A Suzano é uma importante player (participante) no mercado de capitais, mas de pouca liquidez", destacou o executivo. Uma eventual nova emissão de ações, primária ou secundária, ainda não foi debatida pelo conselho de administração da companhia e não há cronograma para a operação. Mas a oferta de papéis está nos planos da Suzano. "Ao longo do tempo, vamos das maior ênfase ao mercado de capitais, que é importante porque há muitas oportunidades de crescimento pela frente", comentou Maciel. "Há grandes oportunidades na parte internacional", reiterou. O acesso ao mercado também será relevante para a companhia em razão do seu elevado grau de endividamento entre 2006 e 2007, por conta dos investimentos na nova linha de celulose em Mucuri, no sul da Bahia de US$ 1,3 bilhão, e da aquisição da Ripasa. No auge, a dívida líquida da companhia deverá alcançar US$ 1,9 bilhão. Apesar da possibilidade de uma nova oferta de ações, destacou Maciel, a família Feffer, que detém hoje 55,6% do capital total da companhia, não abrirá mão do controle. Conforme Maciel, seu projeto de trabalho na Suzano Papel será completamente diferente do que foi realizado na Cecrisa, na Itamarati e na Ford, que passaram por crises profundas e tiveram de ser reestruturadas. "A situação agora é completamente diferente. O que me atraiu foi o projeto de crescimento da Suzano e de ela se posicionar entre os maiores players mundiais do segmento." Até 2015, a Suzano pretende posicionar-se entre as duas maiores produtoras de celulose branqueada de eucalipto do mundo. Atualmente ela ocupa a sétima posição e está entre as duas primeiras produtoras de celulose e papel do País. O Grupo Suzano, por sua vez, pretende estar entre os dez maiores conglomerados brasileiros até o mesmo ano. Segundo Maciel, os principais desafios da companhia neste momento são implantar a nova fábrica de celulose na Bahia, cujo início de operação deve ocorrer em outubro de 2007, e alcançar capacidade de produção de 1 milhão de toneladas/ano a partir de 2009, e comercializar esse volume adicional - atualmente a companhia produz 550 mil toneladas de celulose de mercado, sem considerar a capacidade de Ripasa. O executivo afirmou que a estratégia de vendas passa pela inauguração de escritórios regionais nos principais mercados da commodity. Em 1º de julho, a empresa deve inaugurar uma unidade em Genebra, a Suzano Europa, com o objetivo de atender o mercado europeu. No início de 2007, a previsão é implantar um escritório na Ásia. Segundo Maciel, o país asiático que irá sediar a Suzano Ásia ainda não foi definido. "Europa e Ásia serão os principais mercados atendidos com a expansão de Mucuri."

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