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Total de lançamentos na Bovespa pode ser menor no próximo semestre

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de novos lançamentos de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tende a ser menor no segundo semestre do que o registrado na primeira metade do ano, conforme avaliação da gerente de desenvolvimento de empresas da bolsa paulista, Wang Jiang Horng, em evento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) na Bolsa do Rio de Janeiro. Considerando o lançamento de hoje da Datasul, a Bovespa já registrou 12 lançamentos (IPO) e tem outros 13 em análise, o que garante pelo menos 25 operações em 2006, ante nove de 2005 e sete registradas em 2004, quando houve a retomada do mercado de capitais no País. ?Muitas empresas aceleraram o processo temendo que o mercado possa ser mais instável no segundo semestre devido às eleições presidenciais?, comentou Wang. A redução do ritmo, porém, não vai interromper o processo, na sua opinião. Ela considera que está havendo uma mudança cultural nas empresas brasileiras, com a valorização de práticas de boa governança corporativa e a busca de recursos no mercado de capitais. Wang Jiang Horng lembrou que durante quase 10 anos (de 1995 a 2003) o Brasil registrou apenas sete lançamentos de novos papéis. O mecanismo do Novo Mercado, no qual as empresas têm que oferecer mais transparência aos investidores foi lançado pela Bovespa em dezembro de 2000 e ficou quase três anos sem papéis negociados, mas os novos lançamentos estão sendo realizados nessa plataforma. "É sempre importante lembrar que a adesão ao Novo Mercado é espontânea, de livre decisão da empresa. A única exigência é que adotem as normas desse mercado", lembrou. Segundo ela, os poucos lançamentos realizados no Nível 2 (patamar onde as exigências são menores) resultaram de exigências da legislação, como foi o caso da Gol e da TAM. A legislação brasileira limita a 20% a participação de investidor estrangeiro no capital de empresa aérea e o Novo Mercado determina um free float (fatia de ações) de pelo menos 25%. "Por isso essas empresas não puderam lançar só ações ordinárias, como exige o Novo Mercado, lançando também ações preferenciais, já que captaram recursos junto a investidores estrangeiros", observou.

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