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Metalúrgicos da GM em São José dos Campos paralisam no dia 29 contra terceirização

Trabalhadores vão aderir ao Dia Nacional de Paralisação e ameaçam entrar em greve por causa de atraso nas negociações sobre a participação nos lucros

Por Igor Gadelha
Atualização:

SÃO PAULO - Metalúrgicos da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) vão aderir ao Dia Nacional de Paralisação, programado para 29 de maio, em protesto contra o Projeto de Lei que amplia a terceirização no Brasil. Segundo o sindicato dos metalúrgicos da cidade, a decisão foi aprovada pelos trabalhadores durante assembleia na manhã desta quinta-feira, 21. No encontro, eles também cobraram da montadora abertura imediata das negociações sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), alegando que estão atrasadas. O sindicato ameaça entrar em greve caso a demora continue. 

"No dia 29, os metalúrgicos vão dar início à construção de uma greve geral contra todos os ataques que o governo Dilma e o Congresso Nacional têm realizado à classe trabalhadora. Pretendemos parar o maior número possível de trabalhadores, de diversas categorias, para colocar o governo Dilma contra a parede e mostrar que o Vale do Paraíba não aceita o ajuste fiscal e a retirada de direitos", afirma o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, em nota à imprensa. Segundo ele, ontem metalúrgicos da Embraer decidiram aderir ao movimento. Amanhã, será a vez de os trabalhadores da Chery em Jacareí (SP) decidirem se também paralisam no dia 29. 

Metalúrgicos da General Motors vão aderir ao Dia Nacional de Paralisaçãoem protesto contra projeto deterceirização Foto: Enny Nuraheni/Reuters

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Participação nos lucros. O sindicato explica que o pedido de abertura das negociações da PLR foi protocolado em abril, mas até agora a empresa não agendou reunião. A entidade diz que, tradicionalmente, a primeira parcela da PLR é paga pela montadora em maio, após negociações com trabalhadores.Os metalúrgicos reivindicam a antecipação da primeira parcela com valor maior que a do ano passado e fim de metas. De acordo com o sindicato, em 2014, a primeira parcela da PLR foi de R$ 9,5 mil. "A GM está muito atrasada. Há semanas a empresa vem enrolando para marcar a primeira rodada de negociação. Se continuar assim, as máquinas vão parar", declarou Barros.

Na assembleia, os metalúrgicos da GM ainda aprovaram a proibição de hora extra em São José enquanto houver trabalhadores em lay-off (suspensão temporária dos contratos) e apoio à greve dos trabalhadores da Volvo em Curitiba, que chegou ao 10º dia nesta quinta-feira. Na fábrica da GM, trabalham cerca de 5,2 mil funcionários, dos quais 798 estão afastados temporariamente, com previsão de retorno somente em 8 de agosto. A montadora tem ainda outros 1.719 metalúrgicos em lay-off em São Caetano do Sul (SP). Procurada, a GM ainda não enviou posicionamento até o fechamento da matéria.

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