O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rebateu hoje um informe divulgado segunda-feira pelo Escritório de Comércio dos Estados Unidos, que apontou o Brasil como um dos "maiores mercados piratas do mundo". Demonstrando irritação com a acusação, o chanceler disse que a violação dos direitos de propriedade intelectual ocorre também em território norte-americano. "Ocorre no Brasil como ocorre nos Estados Unidos. Basta você ir a uma rua do Soho ou de Chinatow, em Nova York, para você ver o que é pirataria", disse Amorim, após se reunir com empresários em Belo Horizonte. "O Brasil não é um mercado pirata, o Brasil não faz da pirataria uma indústria nem uma maneira de ganhar ou burlar o direito de propriedade intelectual de ninguém", disse. Amorim rechaçou a acusação de que o Brasil não adotou ações adequadas de coação à pirataria. "Como não coibimos? Coibimos, sim. Agora, nós temos a mesma limitação de recursos que tem, por exemplo, a prefeitura de Nova York e o governo dos Estados Unidos de impedir que a cópia do Titanic saia antes no Soho e em Chinatow do que nos cinemas", disse.
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