SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado, em vídeo nas redes sociais do Planalto, que o governo do presidente Michel Temer "continua". "Como já tenho dito em outras oportunidades, a nossa avaliação é que o presidente Temer continua, que esse governo continua, a equipe econômica está junto, foi escolhida por ele, vai continuar e esta trajetória de recuperação da economia é um fato, consolidado, e que irá em frente", disse.
O vídeo tem duração de pouco mais de dois minutos, gravado antes da reunião deste sábado do G-20 e divulgado no começo do dia pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo. Meirelles afirmou que a equipe econômica tem "todo o apoio" do presidente Temer.
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"Gostaríamos de transmitir às pessoas, consumidores, agentes econômicos, uma mensagem de que podem continuar investindo, podem continuar consumindo", acrescentou o ministro.
Meirelles afirmou ainda que o País vai manter uma trajetória de crescimento e de recuperação da economia. Segundo o ministro, o País está saindo ou "talvez, mais provavelmente, já tenha saído da maior recessão da história". A previsão é de que Meirelles embarque de Hamburgo neste domingo pela manhã para o Brasil.
Durante a cúpula do G-20, ele foi perguntado por jornalistas sobre a motivação da gravação e disse que aproveitou o momento para enfatizar que "este governo" apoia as reformas e que isso é algo "muito importante". A imprensa, então, questionou sobre se havia o temor de que um novo governo não apoie as impopulares mudanças nas regras do mercado de trabalho e da Previdência Social. "Não sei quem é o novo governo", despistou.
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O ministro afirmou que as reformas são, hoje, um consenso de "amplos valores" da sociedade. "Tenho dito que isso não é ser contra ou a favor do governo. As reformas são uma necessidade do País e são muito importantes. Enfatizei que este governo apoia as reformas e isso é muito importante", explicou.
Ele também disse que é preciso trabalhar e fazer, não só as reformas macroeconômicas, mas também alcançar o equilíbrio fiscal do país. É preciso fazer com que possa retornar ao crescimento para, depois, crescer mais. Isso já está acontecendo", sintetizou.
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A base aliada se esfarelou ainda mais depois que o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o País "caminha para a ingovernabilidade" na gestão Temer e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poderia ser o seu sucessor. Na Alemanha, Temer disse acreditar plenamente nas provas de lealdade de Maia.
Rio. O principal foco de Meirelles quando voltar ao Brasil será o de tentar encerrar o processo de acordo com o Rio de Janeiro para recuperação fiscal do Estado que dura desde janeiro. No início do ano, ele anunciou que faria um acordo com o governo estadual. O trâmite agora está nas mãos do Congresso. "Vamos continuar trabalhando intensamente e temos um assunto urgente que temos de resolver, que é o Rio de Janeiro", disse. "Temos que concluir o processo de recuperação fiscal do Rio", continuou.
Para que isso ocorra, de acordo com ele, é preciso fazer adaptações no plano proposto. "Estamos trabalhando intensamente com isso e esperamos que esta semana possamos concluir este processo, que é vital para o Rio de Janeiro", avaliou. O ministro acrescentou que, se a questão for finalizada, o Estado poderá voltar a viver uma "situação de normalidade e saída dessa insegurança fiscal que tem no momento". (Com informações de Renata Pedini, da Agência Estado)
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