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AliExpress terá lojas oficiais de marcas locais à venda em seu site brasileiro

Para especialistas, movimento é uma forma de ganhar relevância com o consumidor nacional e também de amenizar a associação do marketplace com produtos piratas

Foto do author Wesley Gonsalves

O gigante chinês AliExpress quer aumentar a presença de produtos originais de marcas brasileiras dentro da sua plataforma. Por isso, o marketplace decidiu hospedar “lojas oficiais” de produtos nacionais. O movimento da companhia acompanha outros nomes do e-commerce, como Shopee e Mercado Livre, que também vêm priorizando vendedores locais em suas plataformas.

Nomes como Brinquedos Chicco, marcas de ração animal Pedigree e Whiskas, itens de higiene pessoal da Procter & Gamble e até acessórios de moda, como os produtos assinados pelo DJ brasileiro Alok, já estão disponíveis no AliExpress. Após o lançamento das primeiras lojas oficiais, a companhia tenta atrair outros nomes do mercado brasileiro para aumentar a oferta.

AliExpress entra em lista de pirataria nos EUA Foto: AliExpress

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Essa é a segunda movimentação da companhia chinesa para atrair vendedores locais, em uma disputa por mercado com o site de Cingapura, Shopee. Desde 2021, o Brasil é o único mercado do continente americano em que o AliExpress abriu o seu marketplace para lojistas locais de pequeno porte.

Na visão de Ulysses Reis, da Strong Business Scholl (SBS), a principal atratividade para marcas em estar na plataforma é usufruir de um esquema de marketing e logística do e-commerce na hora de entregar seus produtos para o consumidor final.

Contra a pirataria?

O especialista em varejo pontua ainda que a presença de marcas oficiais dentro de serviços de marketplace cross border (com itens importados) pode atenuar ideia de que esses sites comercializam itens “falsificados”, mas não impede que outros vendedores, de fora do País, comercializem produtos paralelos dentro da plataforma. “Na hora da compra, o cliente precisa estar atento sobre quem comercializa o item escolhido”, afirma Reis.

Neste ano, o AliExpress entrou na lista de “mercado notório para falsificação e pirataria”, documento divulgado anualmente pelo governo dos Estados Unidos.

De acordo com Briza Bueno, diretora das operações de AliExpress no Brasil, o ingresso das marcas nacionais na plataforma deve contribuir para o crescimento e faturamento do negócio no País. Sobre os casos de pirataria, segundo a executiva, a companhia chinesa tem imposto “políticas criteriosas” para os revendedores, nacionais e internacionais, em relação à propriedade intelectual e cumprimento das leis locais.

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“Este é um tema tão relevante para a companhia que investimos há anos em soluções de inteligência artificial para monitorar e identificar produtos que possam estar em desacordo com as melhores práticas do mercado”, enfatiza.

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