A companhia aérea Gol adotou na terça-feira, 13, uma nova tecnologia em seu aplicativo que permite aos passageiros fazer o check-in por meio de uma selfie. Com o novo recurso, que usa tecnologia de reconhecimento facial, quem vai viajar não precisa mais digitar seus dados para emitir o cartão de embarque. O recurso está disponível para voos domésticos e internacionais.
Até agora, para realizar o check-in pelo aplicativo, a pessoa tinha que fazer login, digitar o localizador do voo, preencher dados básicos de identificação (nome, CPF, RG, telefone de contato para emergências). Depois, o sistema liberava a escolha de assentos e o cartão de embarque.
Agora, com reconhecimento facial, o cliente digita seus dados uma única vez ao cadastrar seu rosto no aplicativo. Na hora do check-in, basta fazer uma selfie para emitir o cartão de embarque do voo mais próximo em nome do cliente. O método antigo de identificação, no entanto, ainda fica disponível, caso o cliente prefira.
+ Após três anos de retração, Azul aumenta oferta e traz de volta aviões
Paulo Palaia, diretor de tecnologia da Gol, explica que o cadastro da biometria facial é seguro: o sistema mapeia 1.024 pontos da face e cria um mapa digital que é convertido numa sequência de caracteres únicos. Esse código fica armazenado junto com os dados do cliente. Quando a pessoa usa o reconhecimento facial, o sistema repete o procedimento para comparar a sequência gerada.
Embora alguns softwares de reconhecimento facial possam ser burlados com o uso de uma fotografia, Palaia afirma que a tecnologia usada pela Gol é capaz de diferenciar até mesmo gêmeos idênticos. “Também já estamos fazendo testes para incluir um recurso em que a pessoa precise piscar para acionar a câmera, o que tornará ainda mais difícil o uso de fotos”, afirma.
+ Latam muda tarifas e passará a cobrar por todos os produtos a bordo
O sistema de reconhecimento facial começou a ser testado em maio pelas equipes de tecnologia e marketing da Gol. Depois, a tecnologia foi liberada para 113 clientes frequentes da companhia, que usaram o sistema durante 25 dias e sugeriram melhorias. Só depois de concluído o projeto piloto é que o uso da tecnologia foi ampliado para todos os passageiros.
*É estagiária, sob supervisão da editora Claudia Tozetto