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Itaúsa vende R$ 1,5 bilhão em ações da XP

Após o negócio, holding passa a deter uma participação de 6,39% na plataforma de investimentos

Foto do author Fernanda Guimarães
Por Fernanda Guimarães e Beth Moreira
Atualização:

Em seu quinto movimento de venda de ações da XP, a Itaúsa, holding que é a maior acionista do Itaú Unibanco, vendeu R$ 1,5 bilhão em ações da plataforma de investimento. É a primeira grande operação em Bolsa após o segundo turno das eleições no Brasil. Ao todo foram vendidas 15,5 milhões de ações, ou 2,79% do capital da XP.

A Itaúsa se aproveitou de um bom dia das ações da XP na bolsa. Os papéis haviam subido mais de 7% após o resultado do terceiro trimestre, números informados ao mercado na noite de terça-feira. A venda foi feita por meio de um leilão na Bolsa de Valores, que no jargão de mercado é chamado de “block trade”. Do total vendido na operação, 5,5 milhões de ações foram compradas pela própria XP. A operação foi coordenada pelo Bofa.

Itaúsa herdou ações do Itaú Unibanco, que distribuiu as ações detidas a seus acionistas Foto: Matheus Lombardi/Divulgação

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A Itaúsa ressaltou que as vendas apenas neste ano de ações da XP somaram, ao todo, 41 milhões de papéis, mais do que a metade de sua participação inicial na empresa de investimentos. Após a operação concluída ontem, a holding passou a deter cerca de 35,47 milhões de ações, o correspondente a 6,39% do capital da empresa. Além da XP e Itaú, a Itaúsa possui investimentos na Alpargatas, Aegea e Dexco.

Segundo a Itaúsa, a venda decorre da decisão estratégica da companhia de reduzir sua participação na XP, conforme divulgado anteriormente, por não se tratar de ativo estratégico. A empresa disse também que os termos e condições do Acordo de Acionistas da XP, principalmente quanto ao direito de indicar membros ao Conselho de Administração e Comitê de Auditoria da XP, permanecem inalterados.

Histórico

A participação da Itaúsa na XP advém de uma participação inicial do Itaú Unibanco, que comprou em 2017 uma fatia de 49,9% da plataforma, com o objetivo de aquisição do controle - plano que foi barrado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em 2020, depois de a XP abrir seu capital na Nasdaq, porém, o Itaú tornou público seu plano de se desfazer de sua participação. O desenho elaborado para a transação foi de distribuir as ações detidas na XP a seus acionistas. Com isso, a Itaúsa, que possui cerca de 39% das ações ordinárias do banco, ficou com uma participação relevante na empresa fundada por Guilherme Benchimol, e vem se desfazendo aos poucos desses papéis.

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