Ibovespa acumula queda de 21,89%, até o fechamento de ontem.
Foto: Reprodução AE Broadcast
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechará o semestre em queda de mais de 20%, o que será o pior resultado desde o segundo semestre de 2008, quando registrou baixa de 42,25%. Até o fechamento desta quinta-feira, 27, o Ibovespa acumulava desvalorização de 21,89%, tendência que, ao que tudo indica, não será revertida nesta sexta-feira,já que vive mais um dia de baixa.
Se o investimento em ações não se mostrou lucrativo nesse começo de ano, o dólar, por outro lado, lidera o ranking dos investimentos. A moeda norte-americana subiu 7,33% até o fechamento de ontem. Veja abaixo o desempenho de cada aplicação em junho e no semestre, de acordo com cálculos do administrador de carteiras Fábio Colombo.
RANKING DE INVESTIMENTOS | Rentabilidade | |
Aplicação | Semestre | Junho |
Dólar | 7,33% | 2,24% |
Euro | 5,88% | 2,58% |
Títulos indexados ao IPCA (indicativo) | 4,90% | De 0,60% a 0,75% |
Fundos DI (média) | 3,57% | De 0,5% a 0,65% |
Títulos indexados ao IGPM (indicativo) | 3,28% | De 0,95% a 1,10% |
Poupança | 2,56% | 0,46% |
Fundos de Renda Fixa (média) | 2,53% | De 0% a 0,15% |
Bolsa | -21,89% | -11,02% |
Ouro | -21,92% | -9,62% |
A título de comparação, a inflação oficial do IPCA subiu 3,21% no semestre. O IGP-M, que corrige os contratos de aluguel, avançou 1,75% no período. Vale lembrar que a rentabilidade dos fundos e dos títulos públicos é bruta, sem considerar o desconto do Imposto de Renda e da taxa de administração.
"Em junho, as apreensões sobre a retirada dos estímulos fiscais pelo Fed se intensificaram, devido à recuperação da economia americana; fato que fortaleceu o dólar frente às demais moedas e provocou fortes baixas nas bolsas", comentou Colombo em seu relatório semestral.
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O administrador calcula que, em termos estatísticos, a projeção para os próximos 12 meses, com nível de 95% de confiança, volatilidade do último ano e inflação projetada, é de que o Ibovespa tenha um ponto médio de 68 mil pontos (alta de 43%), sendo o máximo de 97 mil pontos (alta de 104%) e mínimo de 48 mil pontos (estável).
Em relação ao dólar, que lidera o ranking, Colombo diz que a moeda segue como uma opção para diversificar o portfólio de investidores com perfil conservador e moderado, que tenham visão de longo prazo.
Os imóveis comerciais, opção de aplicação de alguns investidores, continuam a perder fôlego devido à desaceleração da economia.