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Nobel considera dinamismo e inclusão social para economia

Para Edmund Phelps, desenvolvimento econômico não deve ser medido apenas pela taxa de crescimento

Por Monica Ciarelli (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O desenvolvimento de uma economia não deve ser medido apenas por sua taxa de crescimento, mas também por seu dinamismo e por seu trabalho em inclusão social. A afirmação foi feita nesta segunda-feira, 26, pelo economista e prêmio Nobel de Economia de 2006, Edmund Phelps, durante uma palestra no 20º Fórum Nacional no Rio de Janeiro. Segundo ele, o dinamismo é que permite às economias investirem em inovação e, com isso, obterem avanços em produtividade.   O economista lembrou que existem fatores que ainda limitam muito o dinamismo das economias, como, por exemplo, os programas de bem estar social. Para Phelps, os benefícios sociais acabam por eliminar as políticas econômicas que visam preservar o dinamismo e a inclusão social.   "Os benefícios sociais não são uma conspiração da esquerda para chupar dinheiro dos ricos. Os ricos nem se importam com esses pequenos aumentos de impostos. Eles são, na verdade, um mecanismo da direita para comprar a solidariedade da classe média", afirmou. O economista acredita que esses benefícios acabam estimulando a população a deixar a força de trabalho do país e se amparar nesse esquema montado pelo governo. "Isso não funciona", concluiu.   O lobby em prol do limite ao direito de propriedade foi outra ameaça ao dinamismo citado pelo economista. Segundo ele, esse lobby acaba por reduzir os investimentos em inovação. Outro problema é a pressão sobre os políticos para que a economia permaneça fechada. Phelps acredita que qualquer medida que limite o comércio exterior ou o capital estrangeiro induz os produtores a aumentarem sua margem. "Eles passam a agir mais como monopolistas do que como competidores", concluiu.

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