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Operação da Receita e PF mira grupo suspeito de sonegação no setor de plásticos

Fraude consistia na criação e utilização de empresas de fachada para emissão de notas fiscais que lastreavam operações de venda de plásticos e embalagens para todo o território nacional

Foto do author Sandra Manfrini
Por Sandra Manfrini
Atualização:

A Receita Federal informou que, em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou nesta terça-feira, 5, a Operação Caxangá para desarticular organização criminosa suspeita de sonegação fiscal milionária no setor de plásticos e embalagens no Espírito Santo e em outros Estados do Sudeste. 

Investigações tiveram início com o cruzamento de dados em que foram identificados fortes indícios de crimes contra a ordem tributária Foto: Divulgação

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De acordo com nota divulgada pela Receita, estão sendo feitas buscas nas empresas beneficiárias e nas residências dos operadores do esquema. Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória (ES), envolvendo operação em cidades do Espírito Santo e no Rio de Janeiro. 

Segundo a Receita, as investigações tiveram início com o cruzamento de dados em que foram identificados fortes indícios de crimes contra a ordem tributária. Com a atuação da Polícia Federal, a prática de crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro também começou a ser apurada. 

Esquema. De acordo com informações da Receita, a fraude consistia na criação e utilização de empresas de fachada para emissão de notas fiscais que lastreavam operações de venda de plásticos e embalagens plásticas para todo o território nacional. Essas empresas, somente no Espírito Santo, teriam movimentado cerca de R$ 460 milhões e emitido mais de R$ 230 milhões em notas fiscais de saída nos últimos cinco anos. Mas o recolhimento aos cofres públicos foi muito pequeno. 

Mais de 13 empresas foram identificadas no Espírito Santo, criadas pela organização conhecida como "Máfia do Plástico", com o objetivo de emitir notas fiscais inidôneas. As empresas tinham em comum o mesmo grupo de contadores. As investigações, segundo a Receita, apontam que o grupo também atuava em outros Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

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