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Preço do ar-condicionado sobe com calor e seca que afeta produção de indústrias no AM, diz IBGE

Alta em outubro foi de 6%, a segunda maior entre os itens não alimentícios apurada pelo IPCA do mês, atrás apenas do aumento de 23,7% nas passagens aéreas

Por Daniela Amorim (Broadcast)

RIO - A onda de calor em diferentes regiões do País pode ter impulsionado o aumento de preços dos aparelhos de ar-condicionado em outubro, avaliou André Almeida, analista do Sistema Nacional de Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O preço do ar-condicionado subiu 6,09% em outubro, a segunda maior alta entre os itens não alimentícios apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês, atrás apenas do aumento de 23,70% registrado pelas passagens aéreas.

“A seca no Amazonas está afetando a produção de diversas indústrias, pode estar contribuindo para alta de preços do ar-condicionado”, acrescentou Almeida. “A onda de calor também pode estar contribuindo.”

Na direção oposta, entre os principais itens não alimentícios com queda no mês figurou a energia elétrica, com recuo de 0,58%, apesar do reajuste de tarifas em três áreas de abrangência pesquisadas.

Preço do ar condicionado está em alta com ondas de calor cada vez mais frequentes no Brasil Foto: Estadão Recomenda

“Houve queda de PIS/Cofins em diversas áreas de abrangência da pesquisa”, justificou Almeida.

IPCA de outubro

A inflação medida pelo IPCA fechou outubro com alta de 0,24%, ante um avanço de 0,26% em setembro, informou nesta sexta-feira, 10, o IBGE. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,75% até o mês de outubro.

O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,82% até outubro, ante taxa de 5,19% até setembro.

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A inflação no mês ficou abaixo da mediana das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,29%. O intervalo das estimativas ia de 0,16% e 0,38%.

O resultado acumulado em 12 meses ficou também ligeiramente abaixo da mediana das projeções, de 4,87%, com intervalo de estimativas que ia de 4,75% a 4,96%.

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