Enquanto senadores da base governista cobraram nesta quinta-feira, 24, a demissão imediata do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT), defendeu a intervenção na estatal e disse que todo o governo Michel Temer deveria ser demitido. Ela afirmou que o PT será crítico ao projeto da reoneração aprovado ontem na Câmara, o qual zera o PIS/Cofins sobre o diesel até o fim deste ano. O partido terá uma reunião para definir sua posição na terça-feira.
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Gleisi disse que a demissão de Parente "é um problema do governo". "Estamos defendendo que o Pedro Parente não é dono da Petrobrás. A Petrobrás é uma empresa estratégica para o Brasil, o maior acionista é o Estado, e o governo tem que interferir nessa administração da Petrobras. Na realidade, estou defendendo que se demita o governo Temer, que saia essa gente daí, que tenha logo eleição. Não sei se o Brasil aguenta até outubro a crise que eles estão criando", disse a senadora.
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Gleisi afirmou que nos governos do PT a petrolífera tinha lucros operacionais e não havia problemas de instabilidade nos preços de combustíveis porque a gestão era estratégica. Ela afirmou que a gestão de Parente é pró-mercado e deveria ser pró-povo.
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Ela criticou as decisões do governo de zerar a Cide (um tributo sobre combustíveis) e congelar o preço do óleo diesel por quinze dias. Também afirmou que a oposição terá "visão crítica" sobre o texto aprovado na Câmara na noite de ontem, que zera a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel até o fim do ano e, em compensação, reonera a folha de pagamento de empresas de 28 setores.
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"Não é isso que vai trazer resultado à crise que estamos vivendo. Somos muito críticos a essa solução", disse Gleisi. "Uma empresa desse porte tem que servir ao País, não ao interesse estrangeiro. Os Estados Unidos fazem guerra por petróleo, vão ao Oriente Médio, de tão importante que é. Nós estamos fatiando a Petrobrás. Eles querem vender quatro refinarias, importar gasolina e fazer paridade de preço. Isso é ridículo. Esse tipo de ação do governo para tentar arrumar essa situação não vai no fundamental, que é fazer com que a Petrobrás se enquadre a uma política de interesse nacional estratégico."