A estreia da chinesa Xiaomi no mercado brasileiro de smartphones pode demorar mais que o esperado. A empresa é conhecida por produzir aparelhos de alta qualidade técnica a preços mais baixos que as concorrentes, como a Samsung e a HTC.
Segundo o vice-presidente de operações globais da Xiaomi, Hugo Barra, em entrevista em Nova Délhi, o "processo de certificação de dispositivos é longo e difícil", o que vai atrasar o plano inicial da empresa para o País.
O mesmo obstáculo de certificação atrapalhou a chegada da empresa na Indonésia, onde a Xiaomi espera lançar seu novo smartphone em agosto.
Brasil. Ainda não há data para a chegada da empresa no País, afirmou o executivo, mencionando a necessidade de montagem local. "Pode demorar um longo tempo, provavelmente dentro dos próximos 12 meses, mas é difícil dizer", afirmou Barra. Brasileiro, Hugo Barra deixou a vice-presidência da divisão Android do Google em agosto passado.
A popular fabricante chinesa de smartphones mira a Índia e o Brasil, após a China, como principais mercados para os próximos anos. Recentemente, a Xiaomi também lançou produtos na Índia, em Cingapura, na Malásia e nas Filipinas.
Android de aço. Na próxima terça-feira, 22, a Xiaomi realizará seu evento anual de lançamento de produtos. A expectativa do mercado é de que seja apresentado um novo smartphone, o Mi 4. O convite para o evento foi impresso em uma placa feita de aço inoxidável, material extremamente resistente à corrosão e à ferrugem, além de maleável.
Segundo o site The Next Web, tudo indica que será lançado um smartphone Android revestido de aço, o que poderia colocar a Xiaomi à frente das concorrentes que também trabalham com o sistema Android, mas que só produzem aparelhos feitos de plástico.
Na Samsung... A concorrência mais forte no mercado de smartphones está impactando o desempenho da sul-coreana Samsung. A divisão de smartphones da empresa, uma das principais fontes de receita da companhia, tem perdido mercado para rivais chinesas - como a Xiaomi - e as vendas do Galaxy S5, lançado neste ano, estão abaixo do previsto.
Uma fonte afirmou à Reuters nesta sexta-feira que quase 200 gerentes da divisão de dispositivos móveis devolveram, voluntariamente, um quarto de seus bônus do primeiro semestre. O valor estimado é de US$ 2,9 milhões.
O gesto seria uma forma de demonstrar que os gerentes assumem a responsabilidade pela queda no lucro, e, parcialmente, um modo de mostrar que a gerência trabalhará com mais afinco.
A Samsung divulgará seus resultados trimestrais no dia 31 de julho e a expectativa é de que seja apresentado o pior lucro trimestral em dois anos.
(Com informações da Reuters e da Agência Estado)