O Banco Central da Rússia ampliou hoje o montante de recursos que liberou para o sistema financeiro. O BC russo colocou um montante recorde de 192,2 bilhões de rubros (US$ 7,46 bilhões) no sistema financeiro por meio de duas operações de recompra, superando a injeção recorde de 169,7 bilhões de rubros (US$ 6,6 bilhões) feita no sistema bancário ontem. A semana foi a mais turbulenta no ano para o rubro, mas analistas prevêem novos solavancos para a próxima semana, quando o pagamento de US$ 7 bilhões em impostos do final do mês deverá deixar a liquidez no sistema bancário russo ainda mais comprometida. Esses pagamentos, associados à redução de posições em rubro por parte de bancos estrangeiros, forçaram o BC a emprestar recursos durante oito dias consecutivos aos bancos comerciais. Os temores econômicos que afetaram os mercados internacionais se infiltraram no mercado russo. "A Rússia não é mais a União Soviética", comentou o chefe de negócios com câmbio do Banco de Moscou, Aleksei Lisovski. "Estamos em uma economia global, por isso o que acontece nos mercados globais têm nos afetado", completou. O vice-presidente do Banco Central, Konstantin Korishchenko, informou na quarta-feira que US$ 10 bilhões deixaram o país nas primeiras semanas do mês. O êxodo diminuiu no final da semana, mas a situação no mercado à vista seguia instável. Na quarta-feira, o BC informou que as reservas caíram US$ 5,5 bilhões esta semana para US$ 414,7 bilhões, maior declínio este ano, depois de o BC ser forçado a vender US$ 4 bilhões para conter uma onda de vendas do rubro. Em um relatório divulgado hoje, a agência de classificação de riscos Fitch avaliou que os bancos russos seguem suscetíveis a questões de liquidez e confiança, a despeito das tendências positivas no sistema, observando que há segmentos mais bem posicionados do que outros para absorver um cenário de estresse. As informações são da Dow Jones.