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Salo Coslovsky estreia como colunista de Economia Verde, do ‘Estadão’

Textos devem trazer reflexões sobre oportunidades para o desenvolvimento econômico de base florestal na região amazônica

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Por Redação
Atualização:

Professor da New York University, Salo Coslovsky estreia como colunista do Estadão nesta quinta-feira, 9, reforçando a equipe de articulistas do jornal que escrevem periodicamente para a seção Economia Verde (www.estadao.com.br/tudo-sobre/economia-verde). Sua coluna será publicada mensalmente e abordará oportunidades para o desenvolvimento econômico de base florestal na Amazônia brasileira.

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“A Amazônia é uma das frentes-chave na luta global contra as mudanças climáticas. Aqui fora (nos Estados Unidos), se fala bastante no risco apresentado pelo desmatamento, e ele é um assunto que merece toda a atenção. Mas não podemos esquecer que a Amazônia também pode fazer parte da solução”, diz.

Entre as atividades que podem ajudar a alavancar a economia de base florestal na região – e que Coslovsky deve tratar em seus textos – estão produções de castanha, açaí e cacau, a restauração da floresta para sequestro de carbono, a pecuária mais intensiva e integrada à floresta e a extração de madeira via manejo sustentável. “Indo além, tem gente adaptando tecnologias ancestrais para produzir biochar, que é um carvão vegetal que captura carbono e fertiliza o solo, ou pensando em usar o açúcar da mandioca como insumo de processos químicos de grande escala. Temos um espaço enorme para inovar e crescer, respeitando a natureza e as populações tradicionais, que sempre zelaram por esse patrimônio.”

'Não podemos esquecer que a Amazônia também pode fazer parte da solução', diz Coslovsky Foto: Julia Stone

Para o professor, apesar dos investimentos que o País tem feito para desenvolver a Amazônia, os resultados têm sido insatisfatórios. Hoje, a região continua com índices socioeconômicos inferiores aos do restante do Brasil. “Muitos dos instrumentos de políticas públicas existentes não funcionam, não alcançam ou não atendem as demandas e urgências da Amazônia. Temos muito trabalho para ajustar ou até mesmo reinventar nossas abordagens. E esses são os temas que mais me interessam”, acrescenta.

Coslovsky é colaborador do projeto Amazônia 2030, uma iniciativa de pesquisadores brasileiros para criar um plano de desenvolvimento sustentável para a região. Também é presidente do conselho diretor do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma instituição científica, sem fins lucrativos, que realiza pesquisas e projetos para promover o desenvolvimento socioambiental e a justiça climática da região. Com doutorado em estudos urbanos e planejamento pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e mestrado em direito e diplomacia pela Tufts University, é graduado em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Além de Coslovsky, fazem parte do time de colunistas de Economia Verde do Estadão: Marina Grossi (presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, CEBDS), Renata Piazzon (diretora-geral do Instituto Arapyaú) e Roberto Waack (cofundador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura). Seus textos são publicados às quintas-feiras no site do jornal.

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