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Programa da Fundação Lemann prepara pessoas negras e indígenas para estudar no exterior

Iniciativa tem o objetivo de dar suporte a talentos que queiram fazer pós-graduação fora do País; inscrições vão até 28 de novembro

Foto do author Bruna Klingspiegel
Por Bruna Klingspiegel

Estudar no exterior é sonho de, pelo menos, 6 em cada 10 estudantes no Brasil, segundo pesquisa da Business Marketing School (BMI). Mas poucos conseguem ter essa oportunidade numa vida inteira. Para mudar essa realidade e dar acesso a mestrados no exterior, o Programa Alcance, criado pela Fundação Lemann (do empresário Jorge Paulo Lemann) e Instituto Four, oferece capacitação e preparação para negros e indígenas que queiram estudar no exterior.

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Com dois anos de duração, a edição 2023/2024 irá preparar talentos pretos, pardos e indígenas para as melhores universidades do mundo como Harvard (EUA), Oxford (Reino Unido) e Toronto (Canadá). A preparação inclui aulas de inglês, preparatório para aplicação e formação para os exames específicos, acompanhamento posterior e financiamento de custos para a aplicação e suporte durante todo o processo de aplicação.

Um dos selecionados pelo Programa Alcance, na edição de 2020, foi o pernambucano Wellington Silva. Aprovado em cinco universidades americanas para cursar mestrado, ele participou de toda a capacitação oferecida pelo programa, do curso de inglês às mentorias. Aos 35 anos, ele escolheu cursar Empreendedorismo Social na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, e recebeu três bolsas para apoiá-lo nos estudos.

Universidade Harvard, em Cambridge, EUA Foto: Renata Cafardo/Estadão

“Eu nunca tinha imaginado que era possível estudar fora. Ter acesso a esse tipo de informação muda totalmente a forma que você vê o mundo”, afirma Silva.

Segundo ele, além do suporte em todas as etapas técnicas, o programa oferece uma visão completa do funcionamento dos programas e auxílio durante toda a apresentação de documentos, formulários e redações no processo de admissão em uma universidade estrangeira. “O programa te mostra quais são as regras do jogo e te prepara para enfrentá-las. A partir disso você pode ver se faz sentido ou não para sua carreira”, explica.

Silva ressalta a importância do programa também na criação de multiplicadores de informação. Para ele, a falta de acesso à informação é um dos muitos impeditivos que os pretos enfrentam para conseguir estudar fora. “Você se torna referência. As pessoas olham para você e veem que realmente é possível chegar lá.”

Para participar é necessário declarar-se como pessoa preta, parda ou indígena, ser brasileiro nato ou naturalizado e ter como objetivo participar de um programa de mestrado profissional. As inscrições vão até o dia 28 de novembro, neste link.

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