A balança comercial de 2007 consolidou a China no segundo posto entre os principais fornecedores de mercadorias ao Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. No total, as importações de produtos chineses alcançaram US$ 12,617 bilhões - um aumento de 57,3% em relação ao total registrado em 2006 - e foram suficientes para reverter o saldo no comércio bilateral. Do superávit de US$ 412 milhões, em 2006, o Brasil amargou um déficit de US$ 1,868 bilhão nas trocas de bens com a China, que hoje detém 10,5% do mercado importador brasileiro. Segundo o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, esse déficit será um forte elemento nas negociações sobre a expansão das exportações brasileiras e dos investimentos recíprocos, em março, quando se reunirão em Brasília os representantes da Comissão Bilateral Brasil-China. De fato, as exportações brasileiras para o mercado chinês cresceram em ritmo bem mais lento, de 27,4%, e alcançaram US$ 10,749 bilhões. Primeiro colocado entre os países que exportam para o País, os Estados Unidos venderam US$ 18,887 bilhões ao Brasil no ano passado, uma cifra que aponta expansão de 27,0%. Mas a participação do país no mercado nacional encolheu de 16,2% para 15,7% entre 2006 e 2007. Mesmo com a elevação de apenas 1,8% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos em 2007 o Brasil conseguiu manter seu saldo positivo nesse comércio bilateral. Mas o superávit de 2006, de US$ 9,956 bilhões, diminuiu para US$ 6,424 bilhões em 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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