SÃO PAULO - A votação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), prevista para esta quinta-feira, 7, foi adiada para o dia 15 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em Brasília. Três pedidos de vistas ao processo obrigaram o presidente do colegiado, Eduardo Deschamps, a suspender o encontro. No entanto, como houve também pedidos de urgência na votação, não será necessário esperar o prazo regulamentar para análise das vistas.

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Os pedidos de vista são justificados pela necessidade de estudar melhor o texto da Base, que foi entregue pelo Ministério da Educação (MEC) na semana passada e está em discussão no CNE desde segunda-feira, 4.
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Um dos problemas estaria na nova área criada sobre o ensino religioso, disciplina que é optativa no País, mas que o governo decidiu que faria parte da Base Curricular.
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O texto inclui questões de gênero e sexualidade justamente nessa parte de estudos da religião, o que tem causado polêmica.
"Não podemos jamais atropelar o processo a ponto de comprometer a qualidade", disse o conselheiro Cesar Callegari.
Pela manhã, foram lidos o parecer e a resolução normativa do CNE para a Base. Houve protesto dentro e fora da sala do conselho.
A Base vai trazer as expectativas de aprendizagem em todas as áreas para todas as escolas do País, nos níveis infantil e fundamental. Durante todo o processo, o MEC já mudou o documento quatro vezes. Desde abril, o CNE recebeu centenas de contribuições e opiniões da sociedade sobre problemas encontrados no texto.