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Blog dos Colégios

Práticas ativas no ensino remoto

O ensino remoto faz parte da rotina de professores, crianças e adolescentes brasileiros há quase seis meses. Computadores, celulares, diferentes plataformas e gadgets viraram o novo normal. Mas, é possível usar tais recursos sem se afastar do projeto pedagógico da escola? Sim, mas para isso é preciso cuidado tanto na escolha das ferramentas quanto na forma como são aplicadas na "sala de aula". 

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Por Fernanda Tambelini
Atualização:

Na Projeto Vida, a equipe de tecnologia educacional trabalha em parceria com a supervisão e coordenação pedagógica para selecionar os recursos digitais mais adequados aos nossos princípios e traçar estratégias para o projeto pedagógico nesse momento de aulas online. Contamos, inclusive, com uma consultoria da Geekie - empresa especializada em educação e tecnologia e responsável pela plataforma Geekie One, utilizada em nosso Ensino Fundamental II.

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Cada ferramenta é selecionada com uma finalidade específica, há intencionalidade pedagógica. Ou seja, ela é um recurso para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa, não o foco da aula. "No começo, os professores tinham mais ansiedade para aprender recursos novos que pudessem aplicar no ensino remoto. Em nossas ações de formação continuada, temos capacitado os docentes para que as ferramentas disponíveis promovam o envolvimento das crianças e adolescentes e a construção do conhecimento", afirma Suzana Mesquita, supervisora pedagógica do Ensino Fundamental II da Projeto Vida.

Criatividade

Para que as aulas nas plataformas digitais não sejam puramente expositivas, os recursos são usados como meios para as metodologias ativas. Conheça algumas das ferramentas e como estão sendo aplicadas:

Jamboard: um painel de post its, em que é possível abrir quantas páginas desejar e trabalhar em colaboração. Permite que os professores estimulem os alunos a levantarem seus conhecimentos prévios, por meio de uma estratégia conhecida como rotina de pensamento, inspirada no projeto Project Viral, da Universidade de Stanford. Com ela, o pensamento torna-se visível em três etapas: ver, pensar e refletir. Na primeira, os estudantes escrevem apenas o que vêem em uma imagem, por exemplo. Depois, colocam as informações que sabem sobre o assunto e, por último, o educador contextualiza o que foi trabalhado até então.

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Salas do Meet: além das aulas síncronas com toda a turma, as crianças e adolescentes têm usado diferentes salas virtuais do Google Meet para trabalhar em grupos menores. Ao criar esses espaços e dividir os alunos, o professor estimula a interação, a organização e a produção coletiva. 

Google Apresentações: por meio das apresentações de slides, os alunos sistematizam trabalhos em grupo e pesquisas individuais, possibilitando a organização das ideias e o compartilhamento do conhecimento.

Canva: essa plataforma de design traz templates dos mais variados formatos de comunicação visual, de cartões de visita a revistas. Sua versatilidade permite que seja usada para concretizar diferentes projetos educacionais, como o de economia doméstica do 8º ano. Inicialmente, nas aulas presenciais, estava prevista a montagem de artefatos que favorecessem a economia de recursos na vida doméstica das pessoas. No ensino remoto, o projeto foi remodelado: a partir da pesquisa sobre o aumento do consumo de energia elétrica na pandemia, produziram um infográfico com o Canva para orientar como reduzir o consumo de energia nesse período de crise mundial. Para isso, além da ferramenta digital, usaram uma estratégia da publicidade chamada de Mapa da Empatia.

Kahoot: jogos virtuais com uma variedade enorme de temas, são usados como estratégia para o envolvimento e participação dos alunos e como gancho para falarem sobre os assuntos da aula.

Check in e check out: são estratégias para os momentos de entrada e saída da "escola". No check in, o professor acolhe e convida o aluno para dentro da aula, para que ele queira estar ali. São práticas simples, mas potentes, como: música, um olhar pela janela para verificar como está o tempo, uma conversa sobre o café da manhã ou até sobre o que mudaria no mundo caso tivesse superpoderes! No check out, estimula-se a registrar o que compreendeu da aula, a pesquisar uma informação ou mesmo realizar uma prática corporal.

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 Foto: Estadão
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